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Cidades

Incra fecha portas em Campo Grande com medo de protesto de índios e MST

Paula Maciulevicius | 05/06/2013 08:45
Os 400 manifestantes que já estão em Campo Grande começaram a caminhada na segunda-feira, partindo do distrito de Anhanduí. (Foto: Pedro Peralta)
Os 400 manifestantes que já estão em Campo Grande começaram a caminhada na segunda-feira, partindo do distrito de Anhanduí. (Foto: Pedro Peralta)
Sede do Incra com reforço da PM na manhã de hoje.
Sede do Incra com reforço da PM na manhã de hoje.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) fechou as portas na manhã desta quarta-feira temendo algum protesto com a chegada em Campo Grande de 400 manifestantes ligados a movimentos sociais que reclamam da lentidão do Governo Federal em demarcar as terras indígenas e desapropriar áreas para a reforma agrária.

Apesar da marcha que saiu de Anhanduí estar ainda na região das Moreninhas, desde cedo não há expediente no órgão, que justificou a medida como precaução.

O Instituto de Mato Grosso do Sul comunicou Brasília e teve autorização para suspensão do expediente hoje e caso a situação fique instável, também para amanhã, segundo informou o órgão.

Os 400 manifestantes que já estão em Campo Grande começaram a caminhada na segunda-feira, partindo do distrito de Anhanduí, a 50 quilômetros da Capital.

Eles estão concentrados na entrada das Moreninhas. A jornada conta com manifestantes do MST (Movimento Sem Terra), MMC (Movimento das Mulheres Camponesas), MCLRA (Movimento dos Camponeses de luta pela Reforma Agrária), além de quilombolas, movimento estudantil e indígena.

A coordenação dos manifestantes pediu audiência com o superintendente Celso Cestari. A reunião deve acontecer durante a tarde nas Moreninhas.

De acordo com o Incra, Cestari vai apresentar o balanço do trabalho realizado em Mato Grosso do Sul desde outubro, quando ele assumiu a superintendência. Os dados incluem novos assentamentos e a meta de assentados e créditos ainda para este ano, os trabalhos de levantamento de fazendas que podem ser desapropriadas, processos que já estão em análise para desapropriação, além da situação interna dos assentamentos.

Hoje no Estado são 30 mil famílias assentadas em 178 áreas.

A coordenação do movimento classificou a medida de fechar as portas como “pouco caso” e diz que a expectativa é chegar a mil manifestantes até a audiência. “Era o órgão que deveria nos recepcionar”.

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