Defesa de professor acusado de pedofilia tenta liberdade e promete reviravolta
A defesa do professor André Luiz de Oliveira, acusado de pedofilia, busca a sua liberdade no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e na 1ª Vara Criminal de Dourados. Na última quinta-feira o desembargador Carlos Eduardo Contar negou a liminar no pedido de habeas corpus, que agora será avaliado pela 2ª Turma Criminal.
O advogado Maurício Nogueira Rasslan também pediu relaxamento da prisão. Sem dar detalhes, ele garante que o caso terá reviravolta nos próximos dias. O professor foi preso no dia 22 de março. Ele está na PHAC (Penitenciária Harry Amorim Costa), separado de outros presos.
A denúncia contra André Luiz, que dá aulas em três colégios de Dourados, partiu de sua esposa. No dia 13 de março, ela entregou um pen drive com fotos e vídeos de adolescentes. O material tem teor pornográfico.
Um dos vídeos é da enteada do professor, de 12 anos. De acordo com o advogado, o professor recebeu o vídeo no e-mail e salvou para mostrá-lo para a mãe da adolescente. O vídeo teria sido enviado por Pipoca, amigo da adolescente.
Porém, inquérito policial aponta que André Luiz pode ter criado um MSN falso, com o nome Pipoca, para obter as imagens da enteada.
Também ouvida pela polícia, a enteada de 12 anos conta que adicionou Pipoca no messenger após receber um convite.
Ele se identificou como sendo um homem de 27 anos, morador do Rio de Janeiro. Mas, segundo a adolescente, demonstrava saber de detalhes de sua vida. Como o fato de ter “ficado” com o primo de 15 anos.
Ele ameaçava contar para a mãe da garota. Para não ser “delatada”, ela tinha que se exibir na webcam. As imagens destas exibições estão no pen drive apreendido.
Para o advogado, a garota, o amigo Pipoca e o primo, todos menores de idade, formavam um triângulo amoroso. Segundo Maurício Rasslan, o professor baixou as outras imagens de um site da internet. Os computadores vão passar por perícia.
A defesa também refuta a denúncia de que o professor ameaçou a esposa. Conforme o advogado, depoimento da mãe da denunciante desmente a versão de ameaça.
Segundo a defesa, André Luiz foi denunciado no artigo 241 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena vai de um a quatro anos de prisão.
