Fazendas estão proibidas de pulverizar a menos de 50 metros de área indígena
A fim de proteger a saúde dos indígenas e o meio ambiente, foi proferida em caráter liminar, após atuação da AGU (Advocacia-Geral da União), uma liminar para que duas fazendas anexas à terra indígena em Dourados, a 233 km de Campo Grande, parem de pulverizar suas plantações na áreas limites onde moram os índios.
Logo após ganharem na justiça o direito provisório de ocupar a área de reserva legal em fevereiro de 2008, integrantes da comunidade indígena denunciaram que as fazendas deixariam de pulverizar defensores agrícolas com aviões suas plantações de soja e arroz, e não mais por meio de tratores.
Conforme o site da AGU, comunidade indígena alega que o produto jogado sobre as terras plantadas cai também sobre as áreas de reserva, contaminando, além dos próprios índios, os animais, as plantações e um riacho que há no local.
A PFE/Funai (Procuradoria Federal da Funai), órgão da AGU, relatou que o envenenamento da área também vem causando morte de peixes que servem de alimento para eles.
A 1ª Vara Federal de Dourados acolheu os argumentos da AGU e concedeu a liminar em favor da comunidade indígena, proibindo as fazendas de pulverizar agrotóxicos a menos de 50 metros da área em posse dos índios, por aviões ou por qualquer outro meio.
Foi solicitado ainda pelo juiz a realização de estudo técnico que comprove a contaminação da área de reserva e solicitou uma audiência para a possibilidade de um acordo entre fazendeiros e indígenas