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Interior

Juiz federal media negociação entre fazendeiros e índios em área ocupada

Caroline Maldonado | 30/07/2015 11:23
Índios permanecem nas fazendas deste segunda-feira (Foto: O Pantaneiro)
Índios permanecem nas fazendas deste segunda-feira (Foto: O Pantaneiro)

Acampados em propriedades rurais na região de Taunay, distrito de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, cerca de 500 indígenas terena recebem, nesta manhã, fazendeiros e um juiz que negociam o fim da ocupação, iniciada há quatro dias, nas fazendas Ouro Preto, Cristalina e Independência.

Estão no local o juiz Pedro Pereira dos Santos, representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) e agentes da Polícia Federal. Segundo o proprietário da fazenda Outro Preto, José Lipe, o clima é pacífico, mas os índios estão irredutíveis quanto a decisão de permanecer no local por tempo indeterminado.

“Estamos aqui no meio deles, estão fazendo os rituais. A conversa é tranquila, porque eu conheço alguns dos caciques, há anos. Mas a gente conhece bem. Está claro que eles não saem”, contou José.

De acordo com a 4ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, o juiz informou que ainda não houve entendimento entre as partes.

Segundo o pecuarista, o grupo segue agora para a fazenda Independência para estender o diálogo as lideranças que lá estão. “Estamos conversando e vendo se dá para retirar o gado, porque sair eles dizem que não vão sair”.

Litígio - Há décadas, os terena reivindicam a ampliação da reserva de Taunay Ipegue para 33,9 mil hectares. Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o procedimento administrativo de ampliação da área, demarcada originalmente em 1905 pelo marechal Cândido Rondon, tramita há quase 30 anos. Em janeiro de 2009, foi encaminhado pela Funai ao Ministério da Justiça. Desde então, o processo está paralisado, junto a outros 16, aguardando a assinatura da Portaria Declaratória pelo ministro José Eduardo Cardozo.

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