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Interior

Laudo não é conclusivo sobre arma que matou indígena, diz Polícia Federal

Bruno Chaves | 01/08/2013 12:18

O laudo pericial, elaborado por peritos da Polícia Federal de Brasília (DF), que apontaria com exatidão de onde partiu o tiro que matou o indígena Oziel Gabriel, durante conflito indígena em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande, na Fazenda Buriti, foi inconclusivo.

“Não aponta qual o calibre que matou o indígena. O projétil não ficou no corpo e não foi possível obter informações do calibre”, afirmou o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon.

De acordo com o superintendente, a questão de onde partiu o tiro é um problema que ainda está sendo investigado, já que o laudo foi inconclusivo em relação ao calibre da arma.

“O que se pode afirmar é que o índio foi vitimado por um projétil de arma de fogo, que não foi disparado de fuzil a longa distancia e que tinha calibre de 38 para cima”, afirmou.

O documento, que poderia apontar se o índio terena Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto por policiais federais, está nas mãos do delegado Mario Paulo Machado Nomoto. O laudo possui 71 páginas, foi entregue ao delegado responsável pelas investigações no dia 29 de julho e foi anexado ao inquérito.

Conflito – Oziel Gabriel foi morto no dia 30 de maio deste ano durante conflito na reintegração de posse da Fazenda Buriti. O atestado de óbito comprovou que o índio foi morto por um tiro no abdômen, supostamente disparado por policiais federais. Policiais militares também participaram da desocupação.

No dia da reintegração de posse, o corpo de Oziel foi levado do hospital para a funerária, onde foi feita a declaração de óbito. A vítima deveria ter sido encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal), onde o médico legista faria o atestado. Porém, conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, a plantonista do IML de Sidrolândia estava fora da cidade.

Os índios passaram a acusar a polícia de ter efetuado o disparo. O velório de Oziel foi interrompido e um perito de Brasília veio ao Estado, a pedido da presidente Dilma Roussef, realizar a perícia no corpo do índio.

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