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Interior

Médico abandona idosa em UTI móvel após motorista negar "carona amiga"

Graziela Rezende | 01/10/2013 08:16

Uma idosa de 86 anos sofreu grande constrangimento, na noite de ontem (30), após um médico se negar a acompanhá-la e abandonar a paciente dentro da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) móvel. A discussão do profissional teve início quando o motorista se negou a desviar o trajeto e lhe dar uma carona, de Aparecida do Taboado a Santa Fé do Sul (SP).

Dentro do veículo, a idosa aguardou mais de quatro horas e, no “calor” da discussão, a Polícia foi acionada. Segundo o registro, Braulina Batista da Silva estava acompanhada de Jorge Paulo Cezar, 36 anos. Por conta de cuidados específicos, ela deveria ser transferida para Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital.

O município então solicitou a ambulância de Selvíria, já que aquela cidade não possui um veículo adequado, com UTI móvel. De acordo com a enfermeira chefe do plantão, Gabriela Scabora da Silva, seria necessária a presença de um médico e mais duas enfermeiras. As profissionais chegaram ao hospital por volta das 21h e o médico Oscar Eduardo Azero Frontanilla (CRM 6704/MS e 55353/SP), duas horas depois.

Na ocasião, a idosa já estava acomodada no ambulância quando o médico indagou o motorista sobre a possibilidade dele voltar pela rodovia que liga Ilha Solteira (SP) a Santa Fé do Sul (SP), no intuito de “ganhar uma carona”. Em seguida, o médico disse que retornaria sozinho para Aparecida do Taboado e que lá fossem deixadas as duas enfermeiras.

Neste momento, conforme a Polícia, os envolvidos começaram uma discussão e o médico chamou o condutor de “palhaço”. A PM foi acionada e constatou que a idosa estava dentro do carro, com as portas abertas, enquanto alguns funcionários do hospital presenciavam a cena e disseram estar revoltados com a situação.

O motorista respondeu que não poderia mudar o trajeto porque cumpria ordens e então o médico solicitou um táxi e foi embora a o interior de São Paulo, sem qualquer explicação e abandonando a paciente. A idosa foi levada para o quarto novamente e os policiais permaneceram no local até o início da madrugada aguardando o “desfecho” da história.

O fato foi registrado como omissão de socorro, vias de fato e está sendo investigado.

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