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Interior

ONG investiga animais jogados vivos em BR e pede ajuda da Polícia Militar

Caroline Maldonado | 12/02/2016 11:17
Morador enviou foto a ONG que busca solução para casos de abandono em rodovia (Foto: Divulgação/Irmandade das Patinhas)
Morador enviou foto a ONG que busca solução para casos de abandono em rodovia (Foto: Divulgação/Irmandade das Patinhas)

Não satisfeitas em abandonar animais, há pessoas que colocam cães ou gatos em sacos plásticos para que sejam atropelados na BR-463, em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande. Os casos são frequentes e preocupam uma entidade de proteção animal, que solicitou reunião com o comando da Polícia Militar para tratar do assunto.

A direção da ONG (Organização Não Governamental) Irmandade das Patinhas já flagrou diversos animais abandonados na pista e recebe cada vez mais denúncias do tipo, por isso os protetores querem que uma câmera seja instalada no trecho em que a situação ocorre a fim de identificar e punir os criminosos.

Abandono e maus tratos a animais é crime. A Lei de Crimes Ambientais prevê detenção de três meses a um ano e multa, enquanto o Código Penal determina detenção de 15 dias a seis meses ou multa. Os casos devem ser denunciados a polícia.

Nesta semana, um morador enviou a ONG a foto de um cachorro envolto em um saco plástico morto no meio da pista. Segundo a integrante da entidade, Rosane Mazetto, os bichos são abandonados ainda vivos. “Não é a primeira, nem a segunda ou terceira vez que recebemos essas denúncias. Precisamos de uma câmera ali no local e estamos buscando parceria com a Polícia Militar para resolver isso”, comentou.

Segundo Rosane, o mesmo acontece do outro lado da cidade. “Tem ainda uma região em que as pessoas deixam os animais e os que não morrem atropelados atravessando a pista vão para uma chácara. Frequentemente, o pessoal de lá nos avisa que apareceram mais cães e gatos”, conta.

Os casos de abandono na BR ocorrem há, pelo menos, dois anos, conforme Rosane. Para a protetora, somente uma política de conscientização em escolas pode mudar a situação a longo prazo. “Não conseguimos mudar as pessoas, isso é falta de educação e não muda. Então precisamos que o governo implante uma campanha e as escolas particulares também façam com que as crianças sejam soldados da proteção animal”, sugere.

A assessoria da Polícia Militar informou que, de fato, os casos de abandono são frequentes na rodovia de Ponta Porã e a situação preocupa os agentes de segurança. Devem participar da reunião com integrantes da ONG, o comandante da PM em Ponta Porã, tenente coronel Hélio Gauto e o major Carlos Magno.

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