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Interior

TJ nega liberdade a padrasto acusado de espancar bebê até a morte

Michel Faustino | 26/11/2014 17:26
Davidson confessou que agrediu criança por estar com "raiva". (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Davidson confessou que agrediu criança por estar com "raiva". (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) rejeitaram por unanimidade o pedido de liberdade provisória interposto por Davidson Corrêa dos Santos, 26 anos, acusado de espancar até a morte o enteado de apenas 1 ano e nove meses. O crime aconteceu em outubro de 2013, em Dourados, a 233 quilômetros da Capital.

O desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques sustentou que a materialidade comprovada do crime impede que a liberdade provisória do acusado seja concedida.

Conforme a denúncia, Davidson mantinha um relacionamento amoroso com a mãe da vitima, com quem vivia há pouco mais de um ano, e no dia do crime ficou responsável por cuidar da criança, enquanto ela trabalhava.

A denúncia narra que ele ingeriu bebida alcoólica durante todo o período que permaneceu com a criança. Na ocasião, em depoimento a Polícia, o acusado confessou que havia agredido o menino, após ficar irritado por ter tropeçado nele enquanto saia do banho.

Ao sair do box do banheiro ele caiu sobre a criança que, ferida, começou a chorar. A partir disso, o padrasto começou a agredir o menino com tapas, socos e chutes.

Como não parava de chorar, Davidson chutou a criança que foi arremessada a um ou dois metros sobre uma mureta na sala. A criança desmaiou. Ele tentou reanimar o enteado embaixo do chuveiro, mas não adiantou. Ele então limpou a criança e a colocou na cama, onde acabou morrendo.

Após a agressão, ele mandou mensagem para a mulher dele, mãe da criança, informando que o menino tinha caído no banheiro e estava machucado. Ela retornou a mensagem e pediu que não deixasse a criança dormir e chegou cerca de 20 minutos depois.

De acordo com o depoimento, enquanto a mulher não chegava, Davidson colocou o menino sobre a cama, acendeu um cigarro e foi assistir televisão. A mãe da criança acionou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que encontrou a criança já morta no local.

Davidson, que à princípio negou o crime dizendo que o enteado havia caído, acabou confessando depois aos médicos que havia sido ele o autor das agressões.

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