Medicamento para DST/Aids está em falta na Capital
O antibiótico Azitromicina, usado em casos de baixa imunidade, está em falta nos hospitais Dia do Nova Bahia e HU (Hospital Universitário), que atendem pacientes soropositivos.
No Hospital Dia do HU, desde janeiro não há repasse do remédio, considerado o mais eficiente no tratamento de doenças oportunistas de DST/Aids. Por mês, o hospital distribuía 500 comprimidos. Um paliativo seria a Claritromicina, mas também está em falta na rede pública.
O infectologista do HU, Bruno Filardi, explica que a Azitromicina é profilática, para prevenção de infecções, e também a única solução nos quadros mais drásticos da Aids, por exemplo, quando o paciente está com a imunidade muito baixa e sujeita a infecções por bactérias. .
No caso de pneumonia, pacientes alérgicos à penicilina e seus derivados também têm de usar esses dois medicamentos.
O medicamento é estratégico, portanto, só é repassado às pessoas inscritas no projeto de DSTs. Informações obtidas no programa dão conta de que foi montado um processo de compra para que o Estado custeie a aquisição do medicamento.
Entretanto, a SAD (Secretaria de Administração) não informou ainda quando o fornecimento do remédio será normalizado. Por hora, o medicamento é distribuído apenas em programas onde o repasse do remédio é atribuição do governo federal, como o programa de tracoma (doença oftalmológica).
O Campo Grande News entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, mas não obteve previsão de quando o remédio será comprado.
"O paciente não tem alternativa", afirma Elias Erivaldo, residente no Hospital Dia do HU. Ele explica que a Azitromicina é o medicamento indicado para evitar infecções por microbactérias. Nas farmácias, uma caixa com três comprimidos do antibiótico custa entre R$ 15,20 e R$ 21,29.
Os remédios para as chamadas infecções oportunistas integram a lista dos medicamentos obrigatórios na rede pública.