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Cidades

Médicos fazem “promoções” para atrair clientes particulares

Aline Queiroz | 06/04/2011 14:30

Descredenciamento e restrições a pacientes de convênios

Para continuar com clientes, mas em regime particular, a estratégia que alguns médicos adotaram foi a redução no valor de consultas particulares. Muitos se descredenciaram de convênios e outros fazem restrição por falta de agenda. Diante deste cenário, profissionais fazem paralisação amanhã. Convênios só serão atendidos em caso de urgência ou emergência.

O presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcos Antônio Leite, lembra que a manifestação é nacional e tem como objetivo evitar o descredenciamento total dos profissionais dos planos de saúde.

Ele afirma que no Estado não existe uma especialidade em que todos os médicos tenham saído dos planos e, para evitar esta situação, a paralisação será feita. A maior reclamação é sobre valores pagos pela Unimed.

De acordo com o diretor da entidade, os médicos recebem em média R$ 40,00 pelas consultas feitas por pacientes de planos de saúde.

O presidente do Sinmed/MS afirma que com o abatimento das despesas com impostos e serviços o valor chega a R$ 29,00.

Já as consultas particulares com os médicos mais conceituados de Campo Grande chega a R$ 200,00. Alguns baixaram o preço e, ainda assim, conseguem mais lucro do que com os convênios.

O pediatra Alberto Cubel Brull, por exemplo, reduziu o valor da consulta particular de R$ 120,00 para R$ 80,00, segundo a atendente do consultório. Ainda assim, a maioria dos pacientes é de convênios.

A dermatologista Cristina Katayama, uma das mais “concorridas” da área, está com agenda cheia até maio. Somente pacientes que já estão em tratamento podem marcar consultas por meio de convênios, também conforme a atendente.

“Da maneira como está, os médicos precisam fazer consultas em grande quantidade”, disse o presidente do sindicato em relação à necessidade dos profissionais fazerem muitos procedimentos para compensar o valor pago pelos convênios.

Amanhã, dia da paralisação nacional, terá audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

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