Moradores do Parque do Sol fazem ato contra violência
Baleado no dia 29 de dezembro, o jovem Anderson da Silva Faria, de 20 anos, morreu na última segunda-feira às 14 horas e 15 minutos na Santa Casa de Campo Grande. No dia do crime, ele havia procurado o tio da namorada para perguntar os motivos que o faziam discordar do relacionamento. A discussão só terminou com Anderson no chão, atingido por um tiro na coluna.
A família da vítima não tem dúvidas, diz que foi racismo. "O tio da menina tinha dito que não queria que ela namorasse com um negro", conta a mãe Cleonice Rocha da Silva. Evangélico, desde os dez anos conhecido no bairro Parque do Sol, a violência contra Anderson revoltou os moradores da região. Na sexta-feira (25) vizinhos e amigos da família do jovem planejam expor a indignação publicamente, em uma manifestação organizada pela mãe do rapaz, marcada para às 16 horas. "A gente sempre sabia de crimes nessa região, mas agora foi com o meu filho, tenho de reagir", admite Cleonice.
As lideranças comunitárias do bairro Parque do Sol e da Região do Anhanduizinho, planejam começar o protesto em frente a padaria onde ocorreu o assassinato, propriedade do tio da namorada de Anderson. Foram convidados moradores, lideranças religiosas, conselhos de direitos e comerciantes. A iniciativa surgiu com a morte do rapaz, mas servirá para uma manifestação contra a onda de violência na região.
Direitos humanos - A mãe de Anderson procurou a polícia, mas também pediu providências ao Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã I para a punição do responsável. "Os crimes de racismo são dolorosos para as famílias e para toda a sociedade", respondeu ao apelo o presidente do CDDH, Paulo