Mulher é feita refém de presos, amotinados no pavilhão 2
O diretor do Instituto Penal de Campo Grande, Tarley Cândido Barbosa, repassou há pouco ao Campo Grande News, detalhes sobre a rebelião na unidade que começou há cerca de uma hora.
Ele está dentro do IPCG e durante a entrevista por várias vezes foram ouvidos barulhos de tiros, segundo Tarley, disparados por Policiais Militares que fazem a segurança nas torres de segurança. "Quando um tenta chegar ao muro, são disparados tiros de adverência", garante.
Com os preso, uma mulher ainda é feita refém, parente de um dos internos que entrou para visita e foi rendida assim que a confusão teve inicio, conta o diretor.
Segundo ele, todos os outros visitantes já foram retirados da unidade. "E vamos recuperar a mulher em pouco tempo", aposta Tarley. Ele diz não ter informações sobre feridos ainda.
Homens do Cigcoe já entraram na unidade, mas ainda não invadiram o Pavilhão 2, ontem estão os presos amotinados.
Tarley diz que a rebelião começou com confronto entre grupos rivais, que cumprem pena nas celas 3 A e 3 B. A briga começou no solários, informa o diretor. "Eles conseguiram um botijão e explodiram", detalha.
Uma das primeiras ações foi retirar do IPCG dois presos "jurados de morte", conta sem divulgar os nomes. "Se eles ficassem aqui, seriam mortos". Ambos foram levados para o centro de Triagem, que fica ao lado do Instituto Penal.
Tarley assumiu a direção do presídio em outubro, no lugar de Valdimir Ayala Castro. A reclamação é de que após a troca, presos ligados ao PCC foram transferidos para a unidade. Até então, a facção só tinha membros no presídio de Segurança Máxima.
Com a chegada desses detentos, começou uma disputa pelo poder entre grupos que se opõem e o PCC.