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Cidades

Pais viveram dias de terror durante sequestro de filha

Redação | 23/11/2010 16:23

A família da adolescente de 16 anos, sequestrada no último dia 18 e libertada neste domingo (21), viveu quatro dias de terror durante o período de negociação com os acusados pelo crime. Os pais só conseguiram falar com a filha e saber que estava bem no último dia de cativeiro.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, André Luiz Nogueira Vieira (30) trabalhou como motorista de caminhão autônomo para o pai da adolescente, um empresário de Campo Grande. O crime foi planejado junto com o irmão, Daniel Flávio Nogueira Vieira (29).

A adolescente foi seqüestrada no momento em que saía do colégio Dom Bosco. Ela havia acabado de entrar no carro da mãe quando ambas foram abordadas pelos sequestradores. Enquanto um seguia dentro do carro das vítimas, com uma arma de plástico, outro seguia em um GM Prisma, que pertence a família da esposa de André Luiz.

Algumas quadras à frente os sequestradores deixaram a mãe da vítima e levaram a adolescente até o Prisma, seguindo em direção ao cativeiro, uma chácara localizada na saída para Rochedo, a 21 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o delegado Ivan Barreira, os policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) acompanharam todo o processo de negociação na casa da família.

As ligações eram feitas por Daniel, em Campo Grande, a partir de um celular para o telefone do pai da adolescente. As ligações aconteciam no período noturno, todos os dias.

Já André ficava com a jovem no cativeiro. "Ela disse que não ficou amarrada em nenhum momento e que não sofreu nenhuma violência. Mas só pode falar com os pais no último dia", explicou o delegado.

O dinheiro do resgate foi deixado em uma rua no bairro União, em Campo Grande, enquanto a adolescente era libertada na Avenida Bandeirantes, em frente ao antigo campo do Comercial.

Após o pagamento, os policiais do Garras começaram as buscas pelos sequestradores, que foram presos em casa, ontem (22). "Esperamos o pagamento do resgate antes de iniciar as buscas pelos sequestradores, para não colocar a vida da vítima em risco", explica o delegado Barreira.

Segundo a Polícia Civil, não há indícios da participação de familiares dos envolvidos no sequestro.

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