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Cidades

PM nega despejo violento de índios em Dois Irmãos

Redação | 19/11/2009 16:48

Em nota oficial publicada há pouco no site de notícias do governo estadual, o comandante da Polícia Militar, Carlos Alberto David, nega que houve conflito nesta quinta-feira para desocupação de fazenda em Dois Irmãos do Buriti.

Segundo a PM, "a ação da Polícia Militar em Sidrolândia tem como objetivo evitar qualquer animosidade por parte dos produtores rurais contra os indígenas e que estes também tomem atitudes que tragam tensão para a região".

Na versão dos índios, PMs e seguranças armados da fazenda São José obrigaram o grupo a sair, mesmo sem ordem judicial.

A Polícia relata que apenas interferiu para evitar confronto entre índios e fazendeiros. "O quartel da PM de Sidrolândia desde as primeiras horas da manhã recebeu denúncias, através do telefone 190, de movimentação de pecuaristas que teriam como objetivo desalojar indígenas de uma das fazendas ocupadas por eles. Preventivamente, foi deslocada para a área uma equipe do CIGCOE, especializada na administração de conflitos, para evitar que houvesse qualquer agressão contra os indígenas", explicou o comandante David.

Segundo ele, não houve despejo. "Nenhum dispositivo foi acionado e nem chegou a haver contato da PM com os indígenas. Eles deixaram a área, provavelmente assustados, mas estávamos lá para protegê-los, e vamos continuar na região para evitar que haja conflito".

A PM também informou que foi necessário acionar Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros logo após a retirada da fazenda, porque os terena entraram em outra área e "passaram a incendiar pastos e a reserva legal da propriedade".

"Estamos agindo para evitar o pior. Estamos verificando também a possibilidade de crime ambiental, já que parte da reserva legal está em chamas. Vamos agir, cumprindo o nosso papel, procurando garantir a paz na região", comenta o coronel.

Sobre o conflito, com ânimos exaltados ainda na região, o comandante informa que "está recebendo relatórios constantes da região e que a orientação para garantir a paz e a segurança foi reiterada desde o início das operações".

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