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Cidades

PMs não aquartelam, mas vão atender só emergências a partir de amanhã

Nyelder Rodrigues | 25/05/2016 21:13

Em negociação salarial com o Governo do Estado, diversos policiais militares e bombeiros vão entrar "em alerta" a partir das 8h desta quinta-feira (25) em Mato Grosso do Sul. Por causa disso, apenas ocorrências consideradas emergenciais serão atendidas e trabalhos tido como essenciais serão realizados.

Muitos não ficaram satisfeito com o acordo da ACS (Associação de Cabos e Soldados) com o Executivo estadual e puxaram outro movimento de negociação, encabeçado por ABSS (Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais ) e AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul).

"A insatisfação parece ser da imensa maioria quanto ao acordo anterior. Queremos uma negociação que seja igualitária para todos e parece que o Governo começa a sinalizar de alguma forma positiva agora. Estamos aguardando com nossa equipe a proposta para poder levar a questão para a maioria decidir", afirma o presidente da AOFMS, coronel Alírio Villasanti.

Segundo Villasanti, o grupo quer negociar e está aberto ao diálogo desde o início. Entre os serviços garantidos, está o atendimento a homicídios e outros crimes graves, além da escolta judicial e vigilância em presídios. A paralisação se estende em todo Estado e afeta também PRE e PMA nesse feriado prolongado.

Em Campo Grande, Villasanti acredita que a redução dos trabalhos trará queda significativa ao número de veículos rodando em patrulhas. "Hoje temos cerca de 30 viaturas por turno. Com esse alerta, vai cair para uma por unidade, então serão só sete. Há também 50 motos, deve reduzir para 10 ou 12", explica.

Imbróglio - Representantes do Governo do Estado e dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros se reuniram na tarde de terça-feira (24) para discutir as reivindicações das categorias, após durante a manhã cerca de 200 militares se reunirem na praça Ary Coelho para reivindicar melhorias.

Além da reposição inflacionária nos salários, as categorias reclamam do sucateamento dos quartéis e viaturas, falta de coletes à prova de balas, ausência de investimentos em tecnologia e más condições de trabalho.

O acordo feito pela ACS atende soldados e cabos, com reajuste de R$ 400, e sargentos e subtenentes, com reajuste de R$ 320, além um alinhamento que deixaria soldados ganhando 20% salário de coronéis até 2018.

Porém, alguns militares ficaram descontentes com a situação e aderiram ao movimento puxado por outras associações que representam militares de maior patente. "Neste momento somos a entidade que tem maior representação, com 3,5 mil filiados de mais de 4,5 mil cabos e soldados em todo o Estado", diz o presidente da ACS, Edmar Soares da Silva.

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