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Cidades

Polícia investiga "falso" dentista que atuava na Capital

Redação | 29/06/2009 16:58

O auxiliar de protético Rubens Alves da Silva, 51 anos, é investigado por exercício ilegal da profissão. A suspeita é de que ele atue como dentista na clínica Intra Oral, que funciona na Rua Pirituba, Bairro Guanandi, em Campo Grande.

Gustavo Henrique Vilalba, 23 anos, conta que há 20 dias foi ao consultório porque mora perto do local. Ele afirma que só não fez o tratamento porque desconfiou do diagnóstico repassado pelo falso dentista, o qual apontava a necessidade de realizar quatro canais.

A suspeita ficou ainda forte quando Silva deu um orçamento de R$ 800,00 para tratar todos os dentes, valor bem abaixo do mercado, segundo Vilalba. "Fiquei com a pulga atrás da orelha", revela o paciente.

Vilalba procurou atendimento em uma dentista, que já atuou no CRO (Conselho Regional de Odontologia) em Rondônia, onde Silva teria mantido ações semelhantes segundo o denunciante Caio Abdala, 22 anos. O jovem é filho da dentista e, como um amigo já teve problema com o tratamento feito pelo auxiliar de protético, acionou a Polícia Civil.

Abdala afirma que a clínica funcionava há cinco anos no local, porém, somente há três ele descobriu que Silva não é dentista.

Em operação entre o CRO de Mato Grosso do Sul e a Polícia Civil, foram flagradas várias pessoas à espera de atendimento na clínica, hoje à tarde. Pelo menos seis pessoas foram ao 5º DP (Distrito Policial) da Capital para prestar depoimento.

Entretanto, os pacientes ofereceram resistência à necessidade do interrogatório.

A auxiliar de enfermagem Priciele Henrique, 28 anos, foi à clínica indicada por amiga. Ela não chegou a receber atendimento e disse ter ficado surpresa. "Eu não sabia que era um falso dentista", ressalta.

De acordo com o delegado Márcio Obara, será investigado se houve exercício ilegal da profissão, já que Silva não é dentista. Ele explica que a Polícia Civil tenta identificar possíveis vítimas, porém, não é descartada a possibilidade de outros dentistas atuarem na clinica e se responsabilizarem pelos serviços feitos pelo auxiliar de protético.

Obara revela que as ações de fiscalização feitas pelo CRO serão intensificadas. Pessoas que foram atendidas por ele podem procurar a delegacia pelo telefone 67 3346 1020.

Embora não tenha chegado a fazer o procedimento com Silva, Gustavo Henrique Vilalba decidiu ser testemunha do caso para alertar à população. "Acho um desrespeito e quis participar como testemunha para que não atenda outras pessoas", conclui.

Depois de prestar depoimento no 5ºDP, Rubens Alves da Silva foi liberado mas a investigação continua.

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