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Cidades

Presos em operação Tellus tinham armas e R$ 79 mil

Redação | 30/08/2010 18:11

Com um saldo de 20 pessoas presas, a PF (Polícia Federal) finalizou a Operação Tellus, que teve como principal objetivo desmantelar esquema criminoso que atuava em projetos de reforma agrária na região sul do estado. Também foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, sendo R$ 53 mil na casa de apenas um dos detidos.

De acordo com a PF, entre as 20 pessoas presas estão 9 servidores federais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), 8 líderes de assentamentos e 3 empresários. O superintendente regional do órgão em Mato Grosso do Sul, Waldir Cipriano Nascimento e o chefe da Unidade Avançada de Dourados, Oscar Francisco Goldbach, figuram na lista dos presos.

Durante a operação, a polícia apreendeu sete de armas, entre revólveres, pistolas e espingardas, 13 cheques, 12 veículos. As prisões e apreensões aconteceram em diversas cidades de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Foram presas sete pessoas em Dourados, quatro em Itaquiraí, três em Campo Grande, uma em Naviraí, Ivinhema, Nova Andradina, Batayporã, Angélica e Cosmorama (SP).

A maior parte dos presos já está na Delegacia de Polícia Federal em Naviraí. A medida que forem ouvidos eles estão sendo encaminhados ao Presídio de Naviraí, ficando à disposição da Justiça Federal.

Prejuízo - Alvo da Operação Tellus, a fraude na reforma agrária em Mato Grosso do Sul causou prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres públicos. Durante a investigação, foi comprovada a comercialização de 300 lotes, em assentamentos em diversas regiões estado. Só nesta irregularidade, o prejuízo foi de R$ 12 milhões.

Os outros R$ 50 milhões foram gastos em um processo fraudulento de distribuição de 497 lotes a pessoas não habilitadas no programa de reforma agrária do governo federal.

Em 2007, o Incra investiu R$ 130 milhões na compra de quatro fazendas no Complexo Santo Antônio, em Itaquiraí. Os 16.926 hectares foram distribuídos em quatro projetos de assentamento: Santo Antônio, Itaquiraí, Caburei e Foz do Rio Amambai.

A partir de então, foram registradas uma série de irregularidades envolvendo os 1.236 lotes. Os melhores não foram sorteados, ficando reservados aos líderes dos movimentos sociais, havendo inclusive casos de lotes contíguos destinados a integrantes de uma mesma família.

Houve desrespeito ao cadastro prévio de acampados com a distribuição de 497 lotes a pessoas não habilitadas e a desconsideração de 425 pessoas habilitadas e que não receberam lotes.

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