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Cidades

Secretário de Segurança descarta conchavo de polícias com PCC em MS

Lidiane Kober | 16/10/2013 17:03
Jacini também afastou planos do PCC em assassinar autoridades de MS, como foi detectado em SP (Foto: Cleber Gellio)
Jacini também afastou planos do PCC em assassinar autoridades de MS, como foi detectado em SP (Foto: Cleber Gellio)

Ao contrário de São Paulo, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, descartou conchavo de policias com integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul. Ele informou ainda que o setor de inteligência do Estado jamais detectou plano de ataque contra o governador André Puccinelli (PMDB).

Na semana passada, virou notícia nacional a força da facção criminosa em São Paulo e até plano para matar o governador Geraldo Alckimin (PSDB) foi detectado em grampos telefônicos. Ao mesmo tempo, veio à tona denúncias de conchavo de integrantes do PCC com policiais. No Estado, o grupo registra a maior população. Depois, aparecem Paraná e Mato Grosso do Sul com, respectivamente, 626 e 558 integrantes.

“Aqui, até hoje, não chegaram informações de ataques contra o governador, nem denúncias de conchavos de policiais com integrantes da facção negativa, que atua nos presídios”, disse Jacini. Segundo ele, o setor de inteligência monitora constantemente as ações do grupo e “a gente desconhece esse tipo de situação”.

O secretário ainda não demonstrou surpresa com os números do levantamento do MP (Ministério Público) de São Paulo sobre a força do PPC nos presídios brasileiros. “Essa informações foram colhidas a partir de dados da polícia”, explicou. Para ele, a divulgação do material foi endereçada ao Congresso Nacional e ao Ministério da Justiça no sentido de cobrar ações para combater a superlotação dos presídios.

“A falta de vagas impede a divisão dos presos por periculosidade e dificulta a fiscalização nos dias, por exemplo, de mil visitas”, comentou. No entendimento de Jacini, a partir do momento que reduzir a superpopulação carcerária será possível fiscalizar melhor e reduzir o poder de facções criminosas, como o PCC. “Isso é uma política de dois ou três governos para construir 500 presídios no País”, avaliou. Em Mato Grosso do Sul, o déficit de vagas é de cerca de seis mil.

Dever de casa - Além de descartar ações mais ousadas por parte do PCC em MS, Jacini avalia que o setor de segurança pública está em dia “com o dever de casa”. “Até 15 de outubro, mais de quatro mil traficantes foram presos e apreendemos 104 toneladas de drogas”, destacou. No ano passado, ainda de acordo com o secretário, foi barrado o transporte de 87 toneladas de entorpecentes, 90% do total apreendido no país.

Ainda de olho em desarticular as facções criminosas, Jacini informou que frequentemente são realizados pentes finos nos presídios, principalmente, para aniquilar a comunicação dos presos por meio de celular. Em maio, por exemplo, foram bloqueados 1,5 mil aparelhos e mais 2,5 mil chips.

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