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Cidades

Seis meses após lançamento, nova rodoviária avança pouco

Redação | 24/01/2009 10:57

Apesar de anunciada para julho, pode ser adiada a transferência do antigo e deteriorado terminal rodoviário da Capital para a nova estrutura, no bairro Beta Ville, na saída para São Paulo.

As obras na avenida Gury Marques não tiveram avanços consideráveis nos últimos 6 meses, período após o lançamento pela prefeitura. Após meses parada, a construção foi retomada no dia 5 de janeiro e ainda está na etapa de fundação

A obra da nova rodoviária, batizada de Senador Antônio Mendes Canale, começou no segundo semestre do ano passado, mas só agora o processo parece deslanchar com cerca de 30 homens trabalhando no canteiro de obras.

O vai e vem de máquinas e operários, aguça a esperança de que as deficiências enfrentadas por quem mora na região também vão acabar.

Melhoria da infra-estrutura urbana e valorização dos imóveis são esperadas com ansiedade pela população que vive perto da área onde funcionará o futuro terminal rodoviário de Campo Grande. A obra é histórica, porque há mais de 15 anos projetos eram lançados e arquivados em Campo Grande. Primeiro barrada por contestações de moradores e ambientalista sobre a utilização de uma área no Cabreúva, onde o esqueleto do novo prédio chegou a ser levantado, mas a idéia foi abandonada.

O morador Nilson Nagay (42), espera ansioso pela inauguração da rodoviária. "Quando ela estiver pronta a prefeitura vai mandar asfaltar a nossa rua", acredita apontando para os buracos da rua Mário Quintana, onde reside.

Mesmo que a urbanização ainda leve um tempo para se tornar realidade, a valorização dos imóveis veio a galope. "Anteontem, o vizinho vendeu o terreno da esquina por R$ 35 mil. Antes se ele pedisse R$ 7 mil ele não venderia".

Hilda Cândida (75) garante que todas as semanas pessoas batem à porta dela perguntando se não quer vender a casa de poucos cômodos que têm no Beta Ville. "O vizinho mesmo, fez uma proposta, porque ele quer mais um terreno para montar um hotelzinho aqui", revela.

Segundo dona Hilda, até bem pouco tempo atrás, era possível se ver muitas placas de vende-se por todo o bairro. "Hoje em dia, a pessoa nem precisa colocar um aviso que está vendendo", observa.

Outra vantagem apontada por dona Hilda foi o fim do mau cheiro que vinha do terreno onde está sendo construída a rodoviária. "Antes tinha uma chácara ali, o dono colocava gado e não cuidava. Ficava um mau cheiro e juntava muitas moscas. Hoje todo mundo está satisfeito", conta.

Questionada se pretende, assim como o vizinho, aproveitar o grande fluxo de pessoas que haverá no bairro e abrir um negócio próprio, ela responde com simplicidade: "isso a gente vai pensar mais para frente".

A construção é responsabilidade do consórcio composto pelas empresas Socicam Administração, Projetos e Representações Ltda e Equipav S/A - Pavimentação.

Um dos pontos estabelecidos no contrato de concessão por 30 anos é que consórcio tem de repassar à prefeitura 2,10% de tudo que arrecadar com a exploração do terminal.

A obra - O investimento total é de R$ 9.549.969.80, sendo que R$ 8.681.790.78 são para obras de infra-estrutura e os 10% restante para despesas com administração da obra, aquisição de mobiliário, máquinas, painéis eletrônicos, entre outras.

No novo terminal rodoviário da Capital, haverá 25 plataformas, 30 bilheterias, posto de informação, 129 vagas para estacionamento, dois conjuntos de sanitários, telefones públicos, sala de espera e estacionamento para ônibus.

Na área comercial deve conter, além das sala, guarda-volumes, despachos de encomendas, caixas eletrônicos, sala para polícia, sala para Agência Nacional Transportes Terrestres, sala para assistência social, informações turísticas, pontos de táxi e moto-táxi e paradas para ônibus urbanos.

Antes mesmo da ativação do terminal, a prefeitura de Campo Grande já reajustou em 7,203% as tarifas dos serviços. O aumento passa a valer somente quando a nova rodoviária estiver em funcionamento.

Veja os desenhos do projeto

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