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Cidades

Sem médicos, pacientes do interior lotam Santa Casa

Redação | 26/12/2008 15:50

A Santa Casa de Campo Grande vem sofrendo com o constante envio de pacientes vindos do interior do Estado. Segundo o diretor do hospital, Rubens Trombini, estes envios são injustificados, pois são pacientes que não necessitam de procedimentos de alta complexidade e poderiam permanecer nos municípios de origem. "Todo fim de anos é isso", reclama.

"O problema é a falta de uma escala de médicos para o fim de ano. Um hospital na pode ficar desguarnecido de médico com tem acontecido nos últimos dias", disse lembrando que na última noite a Santa Casa fez vinte cirurgias ortopédicas, "sendo que, em muitos casos, os pacientes poderiam ter permanecido em suas cidades".

Trombini ressalta que não é má vontade em atender quem vem do interior. "Quando enfrentamos uma situação com esta a qualidade do serviço cai. Justamente o que não queremos. Daí acontece de termos de internar gente nos corredores, ou deixar esperando por mais tempo que o normal", disse.

O diretor ressalta ainda que muitas vezes os hospitais do interior "driblam" os procedimentos de envio de paciente para não serem barrados. "Existe a Central Estadual de Leitos, antes de enviar o paciente ohospital tem de saber se há vaga, mas muitas vezes eles mandam os pacientes por demanda espontânea. Chegando aqui não tem lugar", explica.

A Santa Casa informa que está recebendo pacientes de Três Lagoas que, por conta de um problema no tomógrafo, tem mando pacientes de média complexidade para cá. Aquidauana, com falta de material ortopédico, também tem feito a mesma coisa. "Isso não pode acontecer, o serviço hospitalar é considerado essencial, e todo o hospital é obrigado a ter estes materiais. A prefeitura tem de exigir isso dos hospitais", disse lembrando que os hospitais do interior recebem dinheiro do governo federal para prestar o atendimento.

De acordo com Trombini, esta situação acaba com o plano de atendimento de fim de ano feito pela Santa Casa para atender o aumento da demanda que acontece nesta época. "A gente acaba tendo de atender casos menos graves diminuindo o espaço para os mais graves", explica.

A Santa Casa, em parceira com o SAMU e a Central Estadual de Leitos, está discutindo todos estes encaminhamentos, mais de oitenta pacientes nas últimas 24 horas, para direcionamento até as cidades de origem ou envio dos mesmos para as cidades pólos, deixando os hospitais de Campo Grande para os atendimentos mais complexos, sobretudo neste período do ano.

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