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Cidades

Voçorocas avançam e engolem casas e propriedades em MS

Redação | 22/09/2009 13:43

O assoreamento da bacia hidrográfica do Rio Taquari, que engloba 10 municípios na região norte de Mato Grosso do Sul, vem provocando o surgimento de várias e enormes voçorocas.

As erosões formam enormes buracos, que avançam, engolindo residências no perímetro urbano e até chácaras na zona rural dos municípios. Em Coxim, a 260 quilômetros da Capital, dois enormes buracões, conforme definição da prefeita Dinalva Mourão (PMDB), preocupam no perímetro urbano.

Uma enorme voçoroca, com aproximadamente cinco metros de profundidade, avança sobre as ruas Pedro Pedrossian e Mato Grosso do Sul. A costureira Silvana Escobar Rocha, 28 anos, que reside há 13 anos no bairro, afirmou que viu o buraco "engolir" uma casa. Seu tio já foi obrigado a mudar a cerca da propriedade várias vezes porque o buraco vem avançando sobre o terreno.

"Até chácara o buraco já engoliu", contou ela, sobre a erosão que se estende por centenas de metros em Coxim. Segundo a prefeita Dinalva, pelo menos 15 famílias serão removidas de suas casas por causa da voçoroca.

Ela espera ajuda federal de aproximadamente R$ 30 milhões para conter a erosão no município. O senador Delcídio do Amaral (PT) vem intermediando em Brasilia a liberação dos recursos para o município.

Outros - O coordenador de Projetos do Taquari da Semac (Secretaria Estadual do Meio Ambiente, de Planejamento, de Ciência e de Tecnologia), Lourivaldo Antônio de Paula, afirmou que foram liberados R$ 3,8 milhões para recuperar sete microbacias do Taquari.

Ele explicou que parte será investido no controle de 25 voçorocas nos municípios de Alcinópolis (3), Camapuã (3), Coxim (3), Figueirão (3), Pedro Gomes (3), Rio Verde do Mato Grosso (5) e São Gabriel do Oeste (5).

Lourivaldo de Paula explicou que voçorocas ameaçam a área urbana de cicno municípios: Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes, Sonora e Coxim. Algumas possuem mais de 10 metros de profundidade.

Lago - Uma das propostas do Governo estadual é transformar os buracos em enormes lagos, de forma a controlar a erosão e impedir o seu avanço. Também poderá torna-la depressões lineares.

Para o coordenador técnico do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), Nilo Peçanha Coelho Filho, a desocupação desordenada, o solo frágil formado por areia quartzosas e o relevo acidentado, contribuem com as erosões na região.

Além disto, a bacia hidrográfica é sujeita a tremores de terras e deslocamento de blocos com processos de soerguimento e afundamentos em algumas áreas.

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