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Em Pauta

As idades da vida. O tempo que passa nos olhos

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/09/2018 09:51
As idades da vida. O tempo que passa nos olhos

Nossa triunfante espécie foi dotada de capacidades de percepção que, embora inferiores às de outros animais, não são inúteis. Hoje, ofuscados pelo brilho da eletricidade, estupefatos pelo barulho das ruas e das residências, tendo trocado a fala por um teclado, dispensados de apalpar o que quer que seja e comendo produtos congelados, perdemos boa parte do uso de nossos sentidos.

"A visão é a vida", proclamava há pouco a publicidade. E aquele que a doença ou um destino cruel tornou cego desperta nossa compaixão e nosso apoio. Na Idade Média, causava risos. Pois tal infortúnio só podia ser um justo castigo divino. E os milagres que devolviam a visão só tocavam crianças inocentes ou virtuosos eremitas. As trapalhadas do cego eram um dos principais recursos das comédias. E isso deve nos surpreender pois sinistra é a noite que mergulhava todos os homens na escuridão. Aqui e ali só o tremular de uma lareira caprichosa, de uma vela vacilante, ou de uma tocha fumarenta. Todos riam de um capitão que não soube discernir a aproximação de um inimigo, de um mercador que confundiu seus fardos de lã, ou de um contabilista incapaz de estabelecer um inventário exato. Quanto à correção dessa visão deficiente, foi preciso esperar o século XIV para que surjam óculos corretivos apoiados no nariz de um padre ou de um oficial da justiça. No mais das vezes, esses "pré-óculos", são pedras talhadas, entre outras o berilo - espécie de esmeralda incolor - usados nas lentes do que chamavam "binóculos" e não "óculos". Mas eles só proporcionavam um aumento de lupa. Mas os primeiros "monoculares" são bem mais antigos, já apareciam no romano Nero.

As idades da vida. O tempo que passa nos olhos

Mentiras da história que engolimos sem protestar:

Se sabemos que a Terra gira ao redor do sol não é graças a Copérnico.

O que nos contaram e está em quase todos os livros de história? Que Nicolás Copérnico, depois de um estudo exaustivo do movimento dos corpos terrestres, chegou à conclusão de que a Terra girava em torno de seu eixo e que este, por sua vez, girava ao redor do sol. E não ao contrário, como acreditavam até o momento do enunciado de Copérnico. Assim, foi Copérnico quem formulou a Teoria Heliocêntrica, colocando em xeque a teoria da igreja que acreditava que o Sol girava em torno da Terra - a famosa Teoria Geocêntrica. A Santa Inquisição chegou a censurar a teoria de Copérnico, já que colocava em dúvida a onipotência de Deus, reafirmando a imobilidade da Terra.
O que realmente ocorreu? Foi o astrônomo e matemático grego Aristarco de Samos a reparar que o nosso planeta girava ao redor do Sol. Ele deu as devidas explicações desse fenômeno no tratado "De revolutionibus caelestibus" mil anos antes da menção feita por Copérnico. Aristarco de Samos viveu no século III antes de nossa era. Foi ele quem propôs o modelo heliocêntrico que dezoito século mais tarde foi mencionado na obra de Copérnico.

As idades da vida. O tempo que passa nos olhos

Lula que catava caranguejos, hoje aumenta o dólar.

Era 1945. Seu Aristides desistiu de viver na paupérrima Caetés, no sertão do Pernambuco. Migrou para Santos, no litoral paulista. Levou seu filho mais velho e uma prima de Dona Lindu, sua esposa. Para trás, ficaram outros sete filhos aos cuidados maternos. Luis Inácio era um deles.
Quando Dona Lindu reuniu os 7 filhos e viajou por 13 dias e 13 noites na boléia de um caminhão improvisado, esperava encontrar o marido e ver o mar. Encontrou Aristides vivendo com sua prima. Tinha constituído outra família.

Dona Lindu e seu rebentos foram viver sob o mesmo teto de lata na cidade litorânea dos ricos. Guarujá foi o primeiro destino de Luis Inácio em São Paulo. Onde um célebre triplex, décadas depois, o devolveria a um péssimo estado de vida. Do teto de lata para a cadeia. Guarujá é, sem dúvida, o inferno dantesco de Luis Inácio e de Lula, seu apelido familiar.

Até Dona Lindu se separar do alcoólico Aristides e levar os filhos para a capital paulista, Lula vendeu laranjas pela orla santista, catou caranguejos no mangue, engraxou sapatos e trabalhou em uma tinturaria. Em 1961, formou-se torneiro mecânico. Cinco anos depois, conseguiu emprego na metalúrgica Villares. Na "Detroit brasileira, São Bernardo do Campo, sede da Volks, da Ford, da Mercedes e da Toyota, Luis Inácio virou o Lula Sindicalista. Contra a vontade de Dona Lindu.

Desculpou-se com a mãe dizendo que entrava nessa vida para "ocupar a cabeça", pesaroso pela morte de Lourdes, sua primeira esposa, vítima de uma hepatite no oitavo mês de gravidez.
Primeiro de bigode. Depois barbudo, para copiar os comunistas de Fidel Castro. Lula se tornou uma marca, transcendeu sua humanidade. Sua voz rouca encantava as multidões de pobres nos comícios.E de ricos nas reuniões fechadas com ar condicionado e canapés. Seu discurso fácil convencia. O dólar flutuava na casa dos dois reais.

Lula de Curitiba é a epitome, o resumo da religião que a classe média e ricos amam odiar. Sublinhe-se que Lula também é o terceiro candidato mais rico daqueles que dizem ser candidatos à presidência da combalida República. À sua frente, estão apenas João Amoêdo e Henrique Meirelles. Mas os muito ricos não sabem viver sem ganhar mais dinheiro. Transformam seu ódio em dinheiro. Conseguiram algo inaudito: fruto da jogatina no cassino do mercado financeiro, elevaram o dólar a mais de quatro reais, o dobro do determinado pelo Lula, quando rei dos ricos. E os "pobres que se explodam", como afirmava o comediante famoso.

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