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Em Pauta

Força e fé Chapecoense

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/11/2016 07:08
Força e fé Chapecoense

O acidente aéreo que ceifou a vida de jogadores, jornalistas e tripulantes é um momento de fé e solidariedade. Há muitas formas de demostrar seus mais nobres sentimentos. Rezem pelos que foram e por seus familiares. Inscrevam- se no amigo torcedor da Chapecoense (custa R$16) ou comprem uma camiseta do clube. Há ainda a possibilidade de elegermos Danilo, um dos mais emblemáticos jogadores da Chape, como o craque da galera no site da globo - não custa nada, basta entrar e clicar. Toda força à Chapecoense. Esse é um raríssimo momento em que todos os brasileiros se unem.

Força e fé Chapecoense
Força e fé Chapecoense

Fidel. Uma sepultura difícil de fechar

Derrotou todos. Ninguém o derrotou. Viciado em poder, valente, culto e inteligente. Impôs suas barbas, agora históricas, na metade do século XX. Deixa um extravagante legado que não será fácil de esquecer. Em sua infância, recebeu a herança rancorosa de seu pai, Don Ângel foi um soldado cubano cujo exército foi derrotado pelos norte americanos. Fidel não esqueceria as lágrimas paternas contando essa derrota. "Cuba é nossa e voltará a ser", esse é seu verdadeiro lema de vida.

Desde seus primeiros dias na escola primária, Fidel impunha sua liderança. Quase todos a aceitavam. Seus adversários eram recebidos com socos. A violência era sua diplomacia. Tinha um gênio explosivo.

Fidel, ao triunfar em janeiro de 1959, levou Cuba ao Seus vizinhos caribenhos. Em verdade, Porto Rico, República Dominicana, Haiti e Cuba deveriam ser um só país. São semelhantes em tudo. Só Porto Rico conseguiu evadir-se dessa região. Sua alma foi transplantada para os EUA.
A Revolução Cubana, ou melhor, a vida ímpar de Fidel Castro, teve consequências importantes em toda a vizinhança e nos mais distintos países latino americanos. Por muito tempo se falou em uma Pernambuco cubana ou uma Bahia caribenha.

Mas a Cuba de hoje é um mostruário de fracassos e decepções. As ilusões do janeiro de 1959 se tornaram perversas desilusões, carências e amarguras. A obsessão do cubano de hoje é a de ir embora da ilha. Ser sorteado em um dos 20.000 vistos de imigração que os Estados Unidos sorteiam anualmente para cubanos é a maior felicidade que eles podem desejar. O dia do sorteio de vistos norte americanos é igual ao prêmio de Natal da loteria brasileira. Mas como a probabilidade é muito remota, recorrem às balsas clandestinas. A grande história de Cuba dos últimos anos está no fundo do mar. São as milhares de vidas afogadas no desespero de um país miserável. Alguém escreveu essa história trágica. Alguém criará um monumento aos balseiros.

Poderá Cuba sair do cume da mediocridade e do extremismo em que Fidel a colocou? Não será tarefa fácil. A alucinante intenção de criar um homem novo sem egoísmos e nem vícios, terminou criando um Frankestein que terá de ser submetido a eletrochoque e cirurgia. O cubano de hoje só deseja viver e em muito se assemelha ao brasileiro pobre. Recorre a qualquer tipo de malandragem para sobreviver à penúrias de seu cotidiano.

Fidel descansa em paz. Sua vida foi uma tormenta sem fim. Sua tumba será difícil de fechar.

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O temor de uma morte ridícula

Em uma morte surreal, digna dos Monty Python, o trabalhador rural brasileiro João Maria de Souza morreu enquanto dormia, esmagado por uma vaca que atravessou o telhado de sua casa, após cair por uma ladeira de um monte.

Em abril do ano passado, um vizinho encontrou o argentino, José Alberto, um agricultor de 58 anos, nu e abraçado com um espantalho. Ele tinha acrescentado um tubo de plástico no espantalho como simulação vaginal e pintado a boca com batom.

Assim chegaram esses homens à fama da internet. As notícias os colocavam em posições ridículas. Rir-se da morte alheia em má posição, leva a um medo do inevitável: que possa ocorrer o mesmo com você. Não como os dois homens do campo, mas em situações calamitosas. Quem pode garantir a situação de nossas cuecas (ou calcinha para as mulheres) na hora da morte? E não se trata da situação do norte americano Ed Wood que morria de medo de morrer ou cair prisioneiro dos japoneses por usar roupa íntima feminina.

Não é fácil de escapar do medo universal de que não riam de alguém mesmo depois de morto. A vergonha social é forte. Não se trata de negar que as mortes estranhas tem um forte poder de atração. Mas acreditar que é invencível é uma receita segura para a morte ridícula. Um dos casos mais conhecidos foi o dos salva-vidas de N.Orleans. Em 1985, mais de cem deles se reuniram em uma festa para comemorar um ano sem uma só pessoa pessoa afogada. Ao término da festa, um deles afogou-se sob os olhares assustados dos outro cem.

Mas deveríamos perder o medo de uma morte ridícula. Dela pode sair uma boa história. Há alguns meses, um homem morreu esmagado pela lápide de sua sogra em uma visita ao cemitério, em que foi coagido pela esposa. Dai sai uma história com certeza.

Morrer fazendo o que mais deseja pode ser uma forma de transformar a própria morte em um poema. Assim o fez Li Po, um dos maiores poetas chineses de todos os tempos. Seus poemas ao vinho são tidos como os melhores e mais complexos já escritos. Sua morte é considerada notável.

Em uma noite estava em um barco no meio de um lago. Li Po se encalimos sobre a borda do barco e ficou admirando a luz da lua refletindo nas águas. Depois de um tempo, com um sorriso nos lábios, se lançou sobre essa lua acolhedora para abraçá-la, e morreu afogado nas águas geladas.

Força e fé Chapecoense

Estão morrendo de "excesso de trabalho" no Japão

Dados oficiais, relativos a 2015, mostram que quase 40% dos japoneses dormiam menos de 6 horas por dia - um recorde pior que os números de 1980, na época frenética da bolha de crescimento econômico. Ocorreu um aumento de 15% em relação a 2013. E tem mais, nada menos de 8% da população japonesa diz dormir menos de 5 horas por dia. A culpa, dizem os homens, é o excesso de trabalho.

Para as mulheres mais jovens, na casa dos 20 anos, dormir menos de 6 horas por dia, tem como responsável as mensagens e jogos nos celulares. A preocupação das que estão entre 30 e 40 anos, é o excesso de trabalho na casa e fora dela. Os grupos de defesa dos trabalhadores acredita que esses números sejam ainda piores.

Desde 2013, os dados oficiais mostram que 220 pessoas morreram por ano por excesso de trabalho (não há estatística similar no Brasil). Uma em cada cinco empresas japonesas, reconhece que sem funcionários acumulam, em média, 80 horas extras por mês.

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