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Finanças & Investimentos

Controle Financeiro se faz com Diálogo, Respeito e Amor!

Emanuel Gutierrez Steffen | 23/03/2015 08:52

O principal erro das famílias que tentam implementar um controle financeiro eficiente consiste em acreditar demais no poder das ferramentas. Uma planilha completíssima, o aplicativo mais badalado do momento ou aquela agenda específica para finanças pessoais, não importa o meio, depositamos muita esperança no “Como fazer?” e nos esquecemos do “Por que fazer?”.

Uma família é um sistema composto de diversos seres humanos, cada um com seus anseios, prioridades, problemas pessoais, angústias, desejos e opiniões. A harmonia entre os pensamentos nem sempre é possível (e nem desejável), mas é preciso partir do princípio de que a união existe pelo bem comum.O que quero dizer é que estar junto e construir família significa mais do que dividir o mesmo teto. Ora, uma família não é o mesmo que morar em uma república, não é mesmo? O principal, portanto, é a capacidade de entender e interpretar o outro constantemente, de modo a construir pontes entre os anseios individuais e as prioridades do grupo familiar.

Viu só? Preencher uma planilha é muito mais fácil do que sentar, ouvir, conversar, questionar, arrepender-se, pedir desculpas, agradecer, elogiar, criticar e por ai vai. Mas controle financeiro em família é isso; é lidar com as diferenças de forma a viver sempre melhor e com mais qualidade de vida, mas sem atalhos.Controle financeiro se faz com diálogo, respeito e humildade: Comece por admitir que você precisa de sua família para construir planos melhores e que façam sentido. A partir daí, assuma a responsabilidade de envolver todos em um controle financeiro colaborativo, compartilhado de forma inteligente e atualizado com a ajuda e opinião do grupo.Não se apresse neste processo! Comece transformando seu próprio cotidiano e influencie os demais a partir dos resultados conseguidos no seu dia a dia. Baixe a guarda para as críticas e seja mais flexível. Três sugestões poderão ajudá-lo neste caminho:

1. Ouça mais, fale menos, preste atenção e incentive o diálogo: O que você quer (e precisa) é reduzir a distância entre você e sua família. Muito embora vocês dividam a mesma casa, o conceito de lar ainda precisa ser trabalhado. Pois bem, exerça sua paciência e procure ser mais proativo em relação ao controle financeiro. Em vez de reclamar, escute com atenção.A ideia é permitir que a família consiga conversar sobre dinheiro sem que este momento termine em discussões ou até mesmo em uma briga feia. Não se apegue ao que é “ideal” ou “desejável” enquanto estiver provocando reflexões, afinal o primeiro passo é envolver o grupo, e não procurar culpados.Tenha paciência, as primeiras conversas não serão muito animadoras! Na verdade, pode ser que a coisa demore mesmo para engrenar. Tudo bem, o que importa é a sua resiliência e persistência diante do tema e a certeza de que o único efeito colateral de sua nova atitude será mais aprendizado e resultados melhores em sua vida. Ou seja, vale a pena!

2. Respeite a opinião e as prioridades do outro: Você quer viajar no final de ano, mas um de seus filhos quer uma bicicleta de presente. Pode ser que sua esposa queira reformar a casa e você queira trocar de carro. Prioridades costumam ser a “pedra filosofal” de um bom controle financeiro, mas também a principal fonte de angústia e brigas quando não são discutidas e definidas de forma adulta.Respeite o que o outro quer, sem julgá-lo. Seu caminho para dias financeiros mais tranquilos não passa por demover as pessoas de suas convicções ou apagar suas prioridades, mas encorajá-las para que criem as condições de alcançá-las enquanto contribuem para que os outros membros da família consigam o mesmo.O principal é que a família tenha o que celebrar, o que na prática significa alcançar metas e objetivos definidos em conjunto e de forma individual. O controle financeiro que você quer começa por entender o que é importante para o outro e, mais do que isso, por aceitar que tanto as suas prioridades quanto as dele são igualmente relevantes.O que isso tudo quer dizer? Que todos terão que adiar certos desejos, mas que todos também serão capazes de atingir resultados e realizar sonhos. O tempo, a forma, os recursos a serem usados, tudo isso faz parte da estratégia que vocês definirão juntos. Pois é, para isso vocês terão que sentar e conversar. Percebeu a dinâmica?

3. Esqueça a “verdade” ou “o que é melhor”: Você sabe o que está errado e tem a solução? Ótimo, mas vá com calma. O que sua família precisa agora é de um abraço, um carinho, não de um “tapa na cara”. Tenha em mente que os problemas familiares só são resolvidos quando são enfrentados por todos; em casa, não existe um “salvador da pátria”.A palavra-chave aqui é envolvimento. Primeiro, remova barreiras de atitude e comportamento que impedem você e sua família de conversarem de forma sincera, aberta e honesta. Só depois de recuperar a confiança e o respeito é que a realidade deve ser discutida de forma prática.Ao trazer mais harmonia e tempo em família de volta ao seu cotidiano, sua opinião será mais respeitada (e suas ações, observadas). Daí para tomar as decisões que são importantes para organizar a casa será muito mais fácil, pois haverá apoio e compreensão por parte do grupo.

Conclusão: O aprendizado fundamental depois de tanto tempo trabalhando com educação financeira é simples: não tente transformar as pessoas com ferramentas!Dedicar energia e esforços em refazer laços afetivos, criando as condições ideias para um diálogo sincero, humilde e sem segundas intenções é muito mais produtivo e, principalmente, duradouro.A ferramenta deve ser usada no dia a dia para facilitar o trabalho de manter as contas em dia e as prioridades atendidas, mas ela nunca deve ser vista como “tábua de salvação”. Não se salva uma conta corrente, nem tampouco um orçamento; salve-se uma pessoa, uma família.O texto de hoje pode soar romântico demais, eu sei, mas é que eu acredito no verdadeiro amor familiar. Na minha humilde visão, controle financeiro só faz sentido se ele existe para oferecer capacidade de realização para pessoas e suas famílias; se ele oferece oportunidades de garantir mais qualidade de vida e liberdade. Essas coisas só existem de fato onde existe respeito, carinho e afeto. Amor!

Fonte: Conrado Navaro/ dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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