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Economia

Agências de turismo já focam o Carnaval e cruzeiros são vedetes

Ana Maria Assis | 07/01/2011 15:27
No ano passado, no carnaval do MSC Orchestra quase 60 tripulantes eram de MS, contando apenas os números de uma só agência. (Foto: Arquivo/Rodrigo Sacuno)
No ano passado, no carnaval do MSC Orchestra quase 60 tripulantes eram de MS, contando apenas os números de uma só agência. (Foto: Arquivo/Rodrigo Sacuno)

Enquanto muitos campo-grandenses ainda estão em férias, viajando para o litoral nordestino, para Santa Catarina e Rio de Janeiro, e outros destinos nacionais ou internacionais, a programação das viagens de carnaval já movimenta as agências de turismo em Campo Grande e uma das escolhas preferidas são os cruzeiros.

Esse ano a festa brasileira conhecida mundialmente será comemorada em março. A terça-feira de Carnaval será no dia 8, sendo que a maioria das pessoas comemora desde a sexta-feira anterior, dia 4.

Em Campo Grande, a procura por agências de turismo no final de 2010, de modo geral, foi maior do que a de 2009 na opinião dos agentes de viagens. Neste mês, segundo diferentes agências, a procura por pacotes continuado em alta. Os agentes chegaram a atribuir um dos motivos à baixa do dólar, que está em R$ 1,68. Até por este fator, a busca por reservas de cruzeiros tem sido cada vez mais frequente.

No Carnaval de 2010, uma das agências de Campo Grande, contando passageiros de um só dos navios oferecidos, chegou a levar cerca de 60 sul-mato-grossenses para o mesmo cruzeiro. O ponto de partida do navio chamado MSC Orchestra, foi a cidade de Santos, em São Paulo, indo até Salvador. A expectativa para 2011 é de conquistar ainda mais clientes, conforme Leonardo Freitas, responsável pela Premier Turismo.

Na avaliação do agente, dois fatores colaboram com a procura ainda maior, a baixa do dólar, e a propaganda de quem fez a viagem no ano passado.

Em 2010, turmas de MS se organizaram e foram tripulantes do mesmo navio. (Foto: Arquivo/ Paolla de Castro)
Em 2010, turmas de MS se organizaram e foram tripulantes do mesmo navio. (Foto: Arquivo/ Paolla de Castro)

Um dos passageiros de Mato Grosso do Sul que organizou e chamou os amigos para o cruzeiro de Carnaval em 2010 afirmou ao Campo Grande News que pensa em “pendurar as chuteiras este ano”. João César Mattogrosso, 27 anos, ajudou a mobilizar quase 50 pessoas que foram em turma, com direito a organização e até camisetas, para viajarem em um mesmo cruzeiro.

João já viajou em três cruzeiros, nos anos de 2008, 2009, e o último no Carnaval do ano passado. Agora ele diz que pensa em viajar no feriado de Carnaval, mas não em navio, e que deve procurar a agência de viagens ainda este mês.

Mas ainda assim, outros tripulantes de 2010 já estão com os pacotes comprados para o Carnaval 2011. Lucas Felipe Paiva, 25 anos, já viajou no cruzeiro universitário e agora pela segunda vez vai fazer o cruzeiro de Carnaval. Ele conta quais são as vantagens desse tipo de viagem. “A gente escolhe pela comodidade e conforto. No navio você não precisar dirigir, pode beber, não precisa se programar para sair ou voltar. É o lugar onde você come, dorme, festa, faz tudo sem precisar se preocupar com locomoção, tem tudo na mão o tempo todo”, afirmou.

“Explicar a procura dos campo-grandenses por cruzeiros é fácil. O brasileiro começou a descobrir o cruzeiro como um tipo de viagem em que você consegue unir o útil ao agradável. Em uma mesma viagem, ele consegue encontrar todo tipo de lazer que a pessoa procura”, destacou Leonardo. Ele lembrou que “há tempos, o cruzeiro era um produto caro”. “A maioria das famílias de classe até média, via este tipo de viagem como algo que saía do orçamento”, disse ele. Leonardo destacou que os navios ganharam valores interessantes, e o poder aquisitivo do brasileiro também colaborou com as vendas. “A viagem se tornou algo tão importante quanto comprar um carro. É a recompensa de um ano inteiro de trabalho”, comparou o empresário, afirmando que o ano de 2011, começou “fervendo” no setor de turismo.

Crescimento geral-O vendedor da agência Condor Turismo, Everton Van Der Laan, também destacou o cruzeiro como um dos produtos mais procurados. “Esta opção não é uma coisa nova, mas para as pessoas de classe baixa que hoje estão com maior poder aquisitivo, é algo que atrai pela forma de pagamento, em até 10 vezes, e ainda, oferecendo pensão completa, alimentação, e alguns oferecem até bebida inclusa”, disse o agente de turismo explicando que a referência é uma questão de custo-benefício.

Para a agente de viagens da Arakaki Travel, Vanessa Pinori, o movimento no mês de janeiro costuma aumentar na segunda quinzena. “Nós estamos concretizando o que foi vendido”, afirmou. Já em relação aos cruzeiros de Carnaval, Vanessa disse que as cabines mais baratas já foram vendidas, ela explica que os navios oferecem cabines de diversos tamanhos e preços, e que as em menor valor são vendidas sempre com mais antecedência.

Na Veromundo Turismo, segundo a proprietária Cristina de Albuquerque, o aumento das vendas de 2009/2010 para o período de 2010/2011, foi de cerca de 30%. Segundo a empresária, as vendas ainda não atingiram o fluxo esperado, pois muitas pessoas ainda estão viajando em férias e não chegaram a procurar a agência ainda para reservar pacotes de Carnaval. Cristina conta que os campo-grandenses costumam procurar lugares que tenham praia. Ela destacou Florianópolis, litoral nordestino e até Caribe.

Assim como em todas as agências consultadas pelo Campo Grande News, na Veromundo Turismo, os cruzeiros são produtos de grande procura também. “Todos os anos têm aumentando tanto a venda, quanto a quantidade de Navios na costa brasileira. É como um hotel que vai em todas as ilhas sem que você arrume e desarrume mala, sem desgaste de aeroporto. Fora que as companhias marítimas investem pesado no entretenimento a bordo”, afirmou.

Nei Gonçalves, presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens do Mato Grosso do Sul), enumerou que de modo geral, o crescimento do final de 2009 para o final de 2010 deve chegar a cerca de 8%. “A estabilidade da moeda, as condições de parcelamento, são fatores que fazendo com que as viagens sejam mais acessíveis”, explicou. Em julho ou junho os preços já são tabelados para o verão, o que propicia a compra com antecedência, que é mais favorável ao consumidor conforme Gonçalves. “Os melhores preços são os primeiros”, alertou.

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