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Economia

Com manifestações constantes, procura por trio elétricos aumenta 50%

Renata Volpe Haddad | 01/04/2016 13:28
No dia 13 de março, na manifestação que aconteceu na Capital, foi utilizado o trio elétrico grande, Trovão Azul. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
No dia 13 de março, na manifestação que aconteceu na Capital, foi utilizado o trio elétrico grande, Trovão Azul. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

Com as manifestações acontecendo com mais frequência em Campo Grande, quem comemora o aumento na demanda de serviços são os donos dos trio elétricos. Eles afirmam que só este ano, a procura pelo serviço aumentou em 50%.

O dono do trio elétrico Trovão Azul, Jean Bezerra de Moraes, comenta que tem dois caminhões, sendo um grande e outro pequeno que faz dois eventos por semana. "Aumentou a procura pelo trio elétrico menor, que faz mais passeatas aqui em Campo Grande", alega.

O valor cobrado pelo trio menor é de R$ 200 a hora, já o trio elétrico grande, que participa de movimentos maiores, como a Marcha para Jesus, ou está presente em Carnavais, o valor cobrado é de R$ 6 mil, por evento.

"Para este trio elétrico temos pouca procura, só quando o evento é grande, como a manifestação do dia 13 de março que teve aqui na Capital que ele é utilizado, pois como é muito grande, precisa chamar reforço policial, ocupa muito espaço e complica mais", explica.

Visionário, o proprietário do Trovão Azul trabalha com trio elétricos há 14 anos e percebeu que em Mato Grosso do Sul, na época, não tinha nenhum caminhão que fizesse esse tipo de serviço. O caminhão maior, é o único do Estado e atende também Mato Grosso. "Nós fazemos muitos eventos em São Paulo e quando tem Carnaval, somos contratados para ir ao Nordeste", afirma.

Trio Elétrico Tabajara está há 30 anos em Campo Grande e faz propagandas também para empresas. (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)
Trio Elétrico Tabajara está há 30 anos em Campo Grande e faz propagandas também para empresas. (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)

Para ele, mesmo com o aumento da procura pelos trio elétricos, a atividade em Campo Grande ainda é difícil. "O caminhão pequeno ainda se paga, mas o grande, fazemos um trabalho a cada 40 dias e isso dificulta muito nossa vida, sendo que essa é minha única fonte de renda", alega.

O trio elétrico Tabajara existe há 30 anos em Campo Grande. Conforme a funcionária Neci do Carmo Araújo, aumentou a procura pelo caminhão. "Trabalhamos com dois caminhões, sendo um pequeno e outro um pouco maior. Com as manifestações dos últimos meses, temos mais trabalhos", alega.

Conforme o dono da empresa, Tabajara Duarte da Silva, é cobrado R$ 200 a hora e o contrato é no mínimo de duas horas. "Vivemos desse trio e foi pensado até em comprarmos mais um caminhão se continuar nesse ritmo, mas é algo que ainda está sendo avaliado, pois também fazemos propagandas para lojas do Centro", informa.

Para o fundador do movimento Chega de Impostos, Vinicíus de Siqueira, os trios elétricos presentes nas manifestações, são pagos por doações de empresários e pessoas. "Quando organizamos um movimento, alguns empresários ou até pessoas que querem ajudar, ligam oferecendo o pagamento do trio elétrico, nós não pagamos por isso", alega.

Ele explica também que não sabe o valor cobrado pelo trio, já que o dinheiro não passa pela mão dos líderes dos manifestos. "Quem faz mais evento nosso é o Trovão Azul e quando o evento é menor, quem está conosco é o Tabajara", afirma.

Em Campo Grande, são apenas quatro empresas que trabalham com este tipo de serviço.

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