Com salário de até R$ 35 mil, aprovada nova diretoria da Enersul
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a nomeação da nova diretoria da Enersul, com salários de até R$ 35 mil. A empresa - que atende 73 municípios de Mato Grosso do Sul, num total de 849 mil unidades consumidoras – está sob intervenção desde 31 de agosto.
O comando da Enersul foi repassado ao interventor Jerson Kelman, que no dia 13 de setembro nomeou os três diretores. Paulo Roberto Zibetti Jorge, que já atuou na Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas), será diretor administrativo e financeiro.
O engenheiro eletricista Mário Guilherme Romano ocupa o cargo de diretor operacional. Ele já trabalhou na Light, companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro. O advogado Márcio Pina Marques foi nomeado diretor jurídico e regulatório.
O processo de intervenção administrativa em oito concessionárias do grupo Rede Energia foi determinado porque a Aneel considerou que o endividamento das concessionárias coloca em risco a prestação adequada dos serviços de distribuição de eletricidade.
A dívida da Enersul aumentou 361% em apenas um ano. Segundo balanço divulgado pelo Grupo Rede, os valores saltaram de R$ 6,6 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 30,6 milhões para o mesmo período deste ano.
A situação mais preocupante era da Celpa (Centrais Elétricas do Pará), que acumulava dívidas de R$ 3 bilhões e está em processo de recuperação judicial. Na semana passada, a Equatorial Energia, do fundo Vinci Partners, fechou acordo ontem para comprar 65,18% do capital votante da Celpa por apenas R$ 1. Conforme o site do jornal O Estado de São Paulo, a empresa vai realizar investimentos de R$ 700 milhões em dois anos. A Equatorial tem interesse em outros ativos do Grupo Rede.
