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Economia

Mercado da panificação prevê fechar ano com movimentação 20% maior

Luciana Brazil | 28/06/2012 22:15
Verruck, Barbosa, Edil e Alexandre Pereira durante a bertura do Pantanal Pão. (Fotos:Luciana Brazil)
Verruck, Barbosa, Edil e Alexandre Pereira durante a bertura do Pantanal Pão. (Fotos:Luciana Brazil)

Mato Grosso do Sul movimentou no ano passado R$ 75 milhões no mercado de panificação. Esse número, ainda pequeno no cenário nacional, deve ser 20% maior em 2012, de acordo com as expectativas da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

Servindo como trampolim para o almejado crescimento, teve início hoje o 1° Pantanal Pão, Congresso da Indústria de Panificação, que prepara empresários para o 30° Congrepan, (Congresso Brasileiro da Indústria da Panificação e Confeitaria).

O encontro acontece no pavilhão Albano Franco, na avenida Mato Grosso, duarnte dois dias. Amanhã o evento encerra às 21 horas.

A oportunidade é considerada histórica para a indústria da panificação e confeitaria do Estado que irá receber pela primeira vez o congresso nacional. O Estado é a primeira região do centro-oeste a cedia o evento.

Para o Pantanal Pão, a expectativa é que cerca de mil pessoas visitem o congresso e possam participar dos cursos práticos de transferência de tecnologia para padeiros e confeiteiros, além de atendimentos sobre legislação, compras, custeio, vendas, controles de gastos, competitividade e como melhorar a produtividade.

O presidente da Fiems, Raul Barbosa, afirmou que o Estado possui um dos melhores pães do país, porem destacou a falta de qualificação da mão de obra. “Essa é uma das maiores dificuldades desse ramo, mas não só aqui”.

Foram mobilizadas caravanas de Ponta Porã, Dourados, Bonito, Jardim, Maracaju, Sidrolândia, Corumbá, Miranda, Aquidauana, Sonora, coxim, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Três Lagoas, Água Clara e Ribas do Rio Pardo, para participar do evento.

Com os eventos a expectativa é estimular a expansão da atividade na capital e por todo Estado.

Cenário Nacional: O país consome, em média, 32 kg de pão por ano, o que representa um pão e meio por pessoa, por dia. De acordo com o presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação), Alexandre Pereira, a OMS (Organização Mundial de Saúde) define que o consumo seja de 60 kg per capita.

“Todos os países da América Latina possuem número maior do que o Brasil. Chile consome 93 kg, a Argentina consome 76 kg, o dobro do Brasil. E isso é uma questão cultural. E nós precisamos investir para que haja mudança”.

Além do baixo consumo, a Abip percebeu que o mercado da panificação deveria se reestruturar. “Nós percebemos que deveríamos mudar de rumo ou teríamos que mudar de ramo. Os supermercados engoliram tudo. Hoje, não se vê mais uma peixaria, um açougue porque está tudo no mercado. Então, devemos ter competência para agir e vender mais”.

Empresários se preparavam para receber dicas de receitas na unidade móvel do Senai.
Empresários se preparavam para receber dicas de receitas na unidade móvel do Senai.

Segundo Alexandre Pereira, há 12 anos é possível perceber essa dinâmica que obrigou que as padarias ofereçam maior quantidade de serviços. “Não é qualquer negócio que recebe até 50 clientes por dia, a padaria recebe.

Hoje, nós temos no país o que chamamos de padaria gourmet, ou seja, está além do pão”, explicou.

O país se tornou, devido a esse conceito gourmet, um case internacional, já que é considerado como tipicamente brasileiro esse conceito. “Em outros país, as padarias só tem pão e leite”, completou Alexandre.

Empresários: Desde 1990, Carlos Henrique Brittes Taveira, é dono de uma padaria em Campo Grande. Firmando a nova realidade do ramo, ele conta que oferece serviços que vão desde marmitas e marmitex, até festival de pastéis e café da manhã. “Comecei vendendo pão, leite e cigarro. Hoje é muito diferente”.

Na abertura do Pantanal Pão, Carlos lembrou ainda sobre a dificuldade na qualificação da mão de obra. “É o que tem de mais complicado”.

Segundo Eduardo Mazzini, gerente e representante comercial da distribuidora Guará, que está expondo na feira, a expectativa do congresso é excelente.

“O mercado está em expansão e aqui no congresso nós daremos demonstrações desde o primeiro passo até como fazer uma massa de pão”, explicou.

Fiems: O diretor coorporativo da Fiems, Jaime Verruck, ressaltou que diante do maior dificuldade dos empresários, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) criou a unidade móvel para qualificar a comunidade.

“Nós percebemos que havia dificuldade em trazer as pessoas para a qualificação, por isso nós criamos a unidade móvel, de última geração que irá levar a possibilidade ate as pessoas. É 1005 gratuito, pois atendemos as micro-empresas”.

Segundo Verruck, a unidade já esteve na feira do empreendedor em Dourados e vai estrear o serviço de qualificação móvel na próxima semana, no bairro Coophavila.

O vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, também esteve presente na cerimônia de abertura.

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