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Economia

Preço do gás cai e MS pode ter rombo de R$ 52 milhões

Redação | 08/04/2009 14:22

A economia do governo de Mato Grosso do Sul, que vem passando por abalos, corre o risco de sofrer um terremoto. Após a redução no montante de gás importado pela Petrobras, a queda no preço do gás boliviano, em torno de 40% na cotação internacional, ameaça investimentos, são praticamente certos cortes nos valores com custeio e pode também influenciar sobre os índices de reajuste no salário do funcionalismo.

A queda na arrecadação do Estado começou em dezembro, quando o Brasil comprava cerca de 32 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia. Esse número caiu para 19 milhões.

O governador André Puccinelli recorreu ao presidente Lula e recebeu a garantia de que a compra ficaria em 24 milhões de metros cúbicos. Até agora, no entanto, o compromisso do governo federal não foi cumprido.

O governo do Estado ainda trabalha com projeções, mas é certo que se não houver uma decisão política do governo federal de comprar, pelo menos, os 24 milhões de metros cúbicos do gás boliviano, Mato Grosso do Sul continuará com queda na arrecadação de pelo menos R$ 52 milhões.

Diante desse quadro, o governo já pensa em adiar de maio para junho o anúncio de novos investimentos. A situação preocupa o governador André Puccinelli, que já fez alguns contatos telefônicos com Brasília, alertando para o risco de uma situação insuportável para a economia estadual.

A redução na cotação internacional dos combustíveis já atingiu a Bolívia fortemente. O presidente Evo Morales esta revendo o Orçamento deste ano e recorrendo às reservas internacionais para compensar a queda de arrecadação. Essa situação pode levar o governo boliviano a pressionar o Brasil a aumentar suas compras de gás, bastante reduzidas ao longo dos últimos meses.

A Folha de S. Paulo, edição de terça-feira (7), informa que a Petrobras passa a pagar US$ 4,34 por milhão de BTU (unidade térmica britânica que mede o poder calorífico do combustível), segundo cálculo do analista de energia boliviano Carlos Miranda. O valor representa uma queda de 44% em relação ao último trimestre do ano passado, quando estava em US$ 7,85.

Segundo informou a estatal boliviana YPFB ao jornal paulista, a média diária atual comprada pela Petrobras é de 18 milhões de metros cúbicos, ante 30 milhões em 2008.

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