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Economia

Sindicato faz rescisão em massa e vai cobrar pagamento de demitidos na Justiça

Aline dos Santos | 31/07/2013 10:11
Trabalhadores vão ter acesso a FGTS e seguro-desemprego. (Foto: Cleber Gellio)
Trabalhadores vão ter acesso a FGTS e seguro-desemprego. (Foto: Cleber Gellio)

O grupo de 60 demitidos da Filizola, empresa fabricante de balanças, faz nesta quarta-feira a rescisão para ter acesso ao saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e entrar com pedido de seguro-desemprego.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos, Robson Willian Souza de Freitas, não houve acordo quanto ao pagamento do restante do acerto e a empresa será alvo de ação judicial.

“Não vamos fazer um acordo que eles não vão cumprir. Querem parcelar a dívida com os funcionários em três vezes. Vamos ter que entrar judicialmente em massa”, afirma Robson Freitas. Os pagamentos seriam efetuados em 15 de setembro, outubro e novembro. Ao todo, o presidente do sindicato calcula que os demitidos têm direito a receber, no mínimo, R$ 140 mil.

Demitido após trabalhar sete anos na empresa, João Eugênio, de 28 anos, conta que há dois anos a Filizola não depositou o FGTS dos funcionários. “Vim buscar o papel para dar entrada no fundo de garantia, mas o valor está defasado”, relata. De acordo com ele, o grupo deve voltar ao sindicato na sexta-feira para nova rodada de negociação.

“Nos meses de dezembro de 2012 a janeiro deste ano, ocorreu uma grande demissão. Porém, eles nos informaram que seria por conta de um processo judicial e que reestruturariam a empresa, com a chegada de recursos. Tudo seguiu normal até maio, quando a gente não recebeu salário e teve todos os benefícios cortados”, disse o supervisor de produção Felício Ludgero, de 52 anos, que na semana passa denunciou a situação ao Campo Grande News.

De acordo com o presidente do sindicato, somente 20 funcionários continuam na empresa, localizada na avenida Costa e Silva, Vila Progresso, em Campo Grande. A Filizola tem sede em São Paulo e no ano passado entrou em recuperação judicial, recurso para evitar a falência. A reportagem tentou entrar em contato com a empresa na Capital e São Paulo, mas os telefones só chamam.

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