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Cidades

Festival destaca a tradição do sobá em Campo Grande

Redação | 06/08/2009 20:51

O lançamento oficial nesta quinta-feira, em Campo Grande, do 4º Festival do Sobá, prova que a festa, ano a ano, fica mais concorrida. "O sobá já é tradição na cidade", justifica o prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

Uma aglomeração de pessoas de diversos cantos da Capital foi vista durante abertura do evento, com direito a queima de fogos, danças típicas, o ritual do sakê desejando sucesso e prosperidade, e também a participação do cantor sertanejo Leonardo.

Foi o caso da dona de casa Claudete Maria Borges, 37 anos, que foi ao local com toda a família. O cardápio da família foi regado a sobá e tapioca. Sua filha Camila Borges, 18 anos, que é esteticista, disse que o preço do sobá não é caro, em virtude de todos os ingredientes que são acrescentados.

Opinião diferende é a da professora Maria Eleonice da Cruz, 45 anos, que achou "salgado" ter que comprar um sobá médio por R$ 9,80. Independente do valor, ela gostou da festa.

A cerimônia teve até a presença do governador André Puccinelli (PMDB), apesar de breve.

A presidente da associação que representa os feirantes, Alvira Apel, define o festival em três palavras: "amor, saúde e felicidade". Segundo ela, na última edição do festival, cerca de 100 mil pessoas circularam pelo local, 40 mil só na primeira noite.

Caseiro - Uma tigela gigante com o prato que deu origem a festa foi inaugurado hoje na Feira Central.

Típico da província de Okinawa (Japão), caracterizado pela massa leve e caldo temperado, o sobá é um dos mais conhecidos sabores de Campo Grande. Com o tempo ganhou opções, com carne bovina ou de frango, mas tradicionalmente é feito com filetes de carne de porco fritos, além de omelete cortado em tirinhas e um bocado de cebolinha.

A montagem de todos os ingredientes não demora mais que 30 segundos, técnica que tem maior valor em noites como desta quinta-feira, de barracas lotadas e clientes a espera do sobá.

Para dar conta dos atendimentos em todos os dias de evento, vários feirantes reforçaram o número de funcionários, como Marcos Aurélio Taira, 42 anos, que espera vender de 300 a 400 pratos só na primeira noite.

Quentinha - O sobá virou mania como parte da história que começou em 1914. Quando os japoneses migraram para o Brasil, o grupo que veio para Campo Grande se dividiu no trabalho entre a ferrovia e o cultivo de verduras.

Como ainda não estavam acostumados com a comida brasileira, eles levavam macarrão para comer na feira. Ao ver o prato, brasileiros começaram a se interessar.

E foi assim que os japoneses perceberam a oportunidade de "montar a barraca" de feira e introduzir o prato na culinária do campo-grandense.

Programação - A festa segue até domingo, de graça. Amanhã, às 20h, o público poderá conferir danças japonesas. No sábado o grupo de Taiko se apresentará no mesmo horário e no domingo acontecerá, a partir das 15h, a Corrida do Sobá.

O evento terminará com o concurso "O Comilão de Sobá", às 16h, com exposição de motos oficiais e às 18h terá show de Maciel Correia e Dino Rocha.

A feira terá também Mostra de Negócios Nikkei e Dekassegui, exposições orientais e oficinas de Ikebana, Bonsai e desenhos.

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