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Artes

“Não sei se largo ou ci.garro”: arte brinca com as palavras em exposição

Paula Maciulevicius | 04/07/2013 06:35
Parede em "branco" para os visitantes escreverem (Fotos: Marcos Ermínio)
Parede em "branco" para os visitantes escreverem (Fotos: Marcos Ermínio)

A baiana que trouxe da Argentina a paixão pela arte da rua brincada em palavras. Longe de serem declamados, os poemas são sentidos, vistos e expostos em trocadilhos. “De tanto in.ventar, ventou”, é uma das poesias que vão trazer vida às paredes, chão, vidros e pilares da galeria Wega Nery, no Centro Cultural José Otávio Guizzo.

A poesia visual concreta é fruto da proposta diferente que a artista Jamille Fortunato traz a Mato Grosso do Sul, de quem junta amor e bom humor . A intervenção urbana vem sendo trabalhada também em vídeo, tela e música. “Ao mesmo tempo em que a exposição está na galeria ela é poesia de rua”, explica Jamille.

O nome já desperta o sentimento que “Poemadilhos” propõe aos visitantes. O jogo de palavras faz com que a atenção fique voltada não apenas a um significado. “Amar.ela era.zul pra ver.melho.r ver.de cor” é um dos exemplos que podem ser vistos, além dos pontos, o poema brinca com as cores.

Camisetas estampadas com poesias por R$40,00.
Camisetas estampadas com poesias por R$40,00.

“As palavras dizem muito mais o que está ali. Vem de múltiplos significados, são outros sentidos que há em uma palavra só”, descreve.

Depois de perceber a brincadeira dos trocadilhos, a exposição que já desperta a criatividade por si só, deixa aberto para quem quiser inventar poema assim também. Das três paredes da galeria, uma está em branco, no aguardo dos poemadilhos dos visitantes. É o espaço para escrever a partir do que se vê e encher a galeria da poesia. O primeiro passo do projeto de ver Campo Grande tomada pelos trocadilhos.

A exposição abre a campanha “Neste Campo Grande Cabe Poesia”. A ideia é levar a brincadeira aos olhos dos mais de 786 mil habitantes da Capital. Não restringir a poesia que é de rua a uma galeria. É levar por paredes, muros e postes afora a criatividade e o prazer do brincar com as palavras seja pelo estêncil ou lambe-lambe.

“Estamos vendo alguns lugares. Vamos fazer encontros, produzir estêncil e sair espalhando poesia”, explica Jamille.

“Poemadilhos” segue exposto no Centro Cultural José Otávio Guizzo até o dia 1º de setembro, das 8h às 21h, na rua 26 de Agosto, nº 453, Centro. As mesmas poesias saem do varal da exposição para estampas de camisetas. Durante a mostra, serão vendidas malhas a partir de R$ 40.

“Poemadilhos”: o jogo de palavras faz com que a atenção fique voltada não apenas a um significado.
“Poemadilhos”: o jogo de palavras faz com que a atenção fique voltada não apenas a um significado.
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