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Artes

Artistas definem plano de ação para resgatar a cultura no município

Daniel Machado e Aline Araújo | 12/02/2015 22:58
A reunião contou com a presença de aproximadamente 50 pessoas de vários setores, como teatro, artes visuais, música e dança e da vereadora Luiza Ribeiro (Foto: Alcides Neto)
A reunião contou com a presença de aproximadamente 50 pessoas de vários setores, como teatro, artes visuais, música e dança e da vereadora Luiza Ribeiro (Foto: Alcides Neto)

Improbidade administrativa, desrespeito ao 1% da cultura, pagamentos do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) e Fomteatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro) atrasados há dois anos, Operação Fantoche: são vários os motivos que levaram os integrantes do Fórum de Cultura de Campo Grande a se reunir na noite desta quinta-feira (12) para uma reunião extraordinária, mas o que mais tem causado a indignação dos artistas e agentes culturais da cidade tem sido a falta de diálogo com o segmento que, segundo eles, tem marcado a gestão do prefeito Gilmar Olarte.

A reunião, realizada no Centro Cultural José Octávio Guizzo, contou com a presença de aproximadamente 50 pessoas de vários setores, como teatro, artes visuais, música e dança e da vereadora Luiza Ribeiro, recém empossada como conselheira do Conselho Municipal de Cultura, da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).

Na deliberação, ficou definido que chegou a hora de tomar medidas enérgicas em prol da cultura do município, por meio da organização de grupos de trabalho e atuando em duas frentes: a primeira, com o intuito de envolver e sensibilizar a opinião pública nesta causa, implica a realização de uma Virada Cultural, na qual os artistas exibirão sua arte (em vários pontos da cidade) ao longo de 24 horas seguidas.

A segunda frente será nas barras dos tribunais, onde o Fórum pretende reivindicar e fazer valer, por vias jurídicas, seus direitos legais, como o cumprimento do 1% para a cultura no município, os pagamentos de cachês atrasados, os editais do FMIC e do FOMTEATRO, entre outras coisas que não tem sido realizado pelo poder público municipal.

“No caso do FMIC e FOMTEATRO desde o ano passado estamos conversando e tentando todos os tipos de diálogo, sempre sem sucesso. A prefeitura já esta desmoralizada perante os artistas, então o jeito vai ser tomar outras medidas”, explicou o representante do Coletivo de Teatro, Vitor Samudio, que alerta também para o debate do percentual do orçamento municipal de 2014 que deveria ter sido direcionado à cultura. “Esse orçamento não existe mais. Como vai ser feito? Vai ser pago agora em 2015? Não vai haver edital neste ano”?

Atenta ao debate a vereadora Luiza Ribeiro informou aos integrantes do Fórum que já há uma audiência pública pré-agendada na Câmara Municipal para discutir o pagamento dos recursos de 2014/2015.

No entanto, ao perceber que a situação era “mais grave do que imaginava”, a parlamentar prometeu conversar com os outros membros do Conselho de Cultura e antecipar a audiência para duas semanas após o período de carnaval.

“Algumas coisas a gente já está trabalhando para resolver, principalmente a questão dos recursos. A Câmara está empenhada para buscar maneiras de dialogar com a prefeitura”.

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