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Comportamento

É quase surreal o bate-boca da Turca da Calógeras com ex-clientes no Facebook

Ângela Kempfer | 10/02/2017 10:51
Magda, em foto de reportagem publicada em 2011.
Magda, em foto de reportagem publicada em 2011.

Melhor do que qualquer programa de humor no Youtube, na manhã desta sexta-feira não perca a repercussão do caso “Turca da Calógeras”. Reportagem publicada ontem sobre a prisão das proprietárias da Cooperativa da Moda, já tem quase 100 mil leituras no Campo Grande News e, até a publicação desta matéria, já rendeu 1.824 comentários no Facebook. Na rede social, a maioria tem alguma história envolvendo as empresárias com fama de desbocadas.

A irmã de Magda, Marilene, hoje cedo trabalhando normalmente. (Foto: Marcos Ermínio)
A irmã de Magda, Marilene, hoje cedo trabalhando normalmente. (Foto: Marcos Ermínio)

Mas a diversão mesmo fica por conta das respostas de uma delas em cada reclamação feita por cliente. Desde ontem, quando a reportagem foi postada na página do Campo Grande News, Magda Murad faz questão de responder quem a acusa de “bandida”, “sem educação”, “bruxa” e muitos outros adjetivos nada carinhosos.

São relatos com detalhes do que acontece na loja mais surreal da cidade, coisas do tipo “cuspiu em mim”, “pegou a placa da moto do meu marido e disse que ia dar um jeito na gente”, “vi jogando sal grosso nos pés de alguns clientes”, “xingou a funcionária de putinha”, “chamou cliente de preta macaca”.

Para quem comemora a prisão, Magda responde: “Tô em casa querida, cadeia é lugar de bandido não de trabalhadora igual a gente. Invejosa!”

Ao se defender, o que ela mais repete nos posts com críticas é “inveja mata”, “vc fala demais, vai trabalhar”, “coitado, eu posso ser notícia e vc?” ou “vou processar”. E olha que ela processa mesmo. Em 2011, quando o Lado B contou pela primeira vez a história da loja que esculhamba clientes, mas vive lotada, as proprietárias acionaram a Justiça. Perderam a causa, mas perturbaram bastante, até com ameaças pelo telefone.

Agora, nas redes sociais, não falta ex-cliente revoltado com o comportamento das irmãs Marilene e Magda Murad. “No ano passado, eu e minha filha entramos na loja para comprar roupas infantis e, só porque minha filha estava com a bebê dentro do carrinho, dormindo, mandaram a gente ficar lá fora”.

Nem velhinhas são respeitadas por lá, garante outra indignada. “Minha avó, de 71 anos, queria tirar um óculos da bolsa e já falaram pra ela que é proibido mexer dentro de bolsa.”

Tem muita gente também tomando partido das funcionárias da Cooperativa da Moda. “Dão água quente para as vendedoras, desejam que peguem câncer malignos em partes íntimas no corpo, chamam de lésbicas...”

Até do lado de fora as duas já arrumaram briga, segundo as histórias postadas no Facebook.“As proprietárias fazem questão de colocar seus carros nas 2 vagas para o idosos em frente à loja. Eu fiquei ao lado, até que uma delas saiu e me disse: Você é velho? Idoso? Para mim, velho é aquele que não dá mais no coro, não transa mais.”

Para quem acha que as duas vão maneirar a partir de agora, as respostas de Magda no Facebook não são animadoras. Elas têm certeza que estão com a razão. “Pra todo mundo que tá falando mal de mim e da minha irmã, eu entrego na mão de Deus. Gente, faz como nós. Levanta e vai trabalhar todo dia, faz bem pagar imposto e criar empregos Deus ajude vcs. Durmam com Deus, pois eu estou na minha casa e amanhã abrirei normalmente”.

E a rotina na Cooperativa da Moda, com cuecas por cincão e calça jeans por R$ 20,00, continua firme nesta sexta-feira cheia de gente querendo comprar. Seis anos depois da primeira reportagem sobre as turcas, daria até para usar o mesmo título: "Cliente é esculhambado, mas loja vive cheia na Calógeras"

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