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Comportamento

Grupo quer acabar com profissão de carroceiros, pelo bem dos cavalos

Ângela Kempfer | 09/04/2014 15:33
Página com petição contra carroças.
Página com petição contra carroças.

O risco de uma lei que regulamente a atividade de carroceiros acionou uma liga de defensores dos animais em Campo Grande. A revolta é com o incentivo à atividade que explora a força dos cavalos, com o agravante do risco de maus tratos e abandono. O projeto já foi aprovado pela Câmara Municipal e agora depende da sanção do prefeito Gilmar Olarte.

De forma espontânea, uma petição foi elaborada e compartilhada no site Avaaz, comunidade que reúne assinaturas para esse tipo de campanha. No documento, o grupo pede ao prefeito que não sancione a proposta, considerada um “retrocesso, uma verdadeira afronta aos que lutam em favor do bem estar dos animais”.

A defesa é pela extinção da atividade de carroceiro. “Precisamos abolir essa prática e criar condições dignas de trabalho para as pessoas que tiram sustendo da carroça, porém com outro tipo de veículo que não abuse do bem estar animal”, argumenta a petição.

De autoria do vereador Eduardo Romero (PT do B), o projeto tem como justificativa disciplinar o trânsito de carroças. Mas o parlamentar garante que não serão esquecidos os cuidados com o meio ambiente e com os animais.

Mas para a jornalista Alexsandra Oliveira, que deu início á mobilização, a proposta não tem qualquer lógica nos dias de hoje. “Não tem cabimento aprovarem uma lei para regulamentar uma prática que traz tanto sofrimento para os animais. Imagine a situação deles: são submetidos a puxar uma carroça pesada, com uma carga absurda, no sol ou na chuva”, protesta.

Segundo ela, em várias ocasiões ficou claro o desrespeito à integridade animal. “Eu, pessoalmente, já vi esses absurdos. Cavalos carregando muito peso, apanhando para andar mais rápido. Em outro caso, chegamos a interceder quando vimos um cavalo amarrado numa cerca, exposto ao sol de meio-dia, sem água”, lembra.

Até a primeira-dama, Andréa Olarte, foi acionada na tentativa do grupo de barrar a regulamentação. Para Alexsandra, há outras formas de colaborar com o setor. “Se a Câmara quer fazer alguma coisa, por que não propõe um programa de inclusão social, de consciência ambiental e de qualificação profissional para esses carroceiros?”

Para quem concorda, a petição pode ser assinada aqui.

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