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Comportamento

Para chegada "triunfal", noivos cavalgam em éguas até a festa de casamento

Paula Maciulevicius | 20/10/2015 06:12
Em cima das éguas Vidalga e Juba que casal chegou até a festa. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)
Em cima das éguas Vidalga e Juba que casal chegou até a festa. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)

Depois do "sim" dito na igreja foi a hora de trotar até a festa. Em cima das éguas "Vidalga" e "Juba", o casal Kamila e Igor chegou ao casamento. As duas são da fazenda dos noivos e aguardavam na esquina de cima do salão onde foi realizada a recepção. Os convidados acompanharam a entrada toda por telões e TVs espalhadas pela festa. A cavalgada foi transmitida em tempo real, mas a surpresa aos amigos e familiares fez muita gente levantar para ir conferir lá fora.

O casal era só sorrisos e do lado de fora acenavam para quem passava de carro. A cena chamava atenção não só por éguas no meio da rua às 10h da noite de um sábado, mas por se tratar de uma noiva, com vestido e tudo, montada em uma delas. "A gente está criando tendência", brincava o noivo, Igor Feid, de 32 anos.

A ideia de levar a personalidade dos noivos para a festa foi posta em prática, literalmente. Kamila e Igor dividem a mesma paixão pelos cavalos, os dois laçam e foi dessa forma, logo que Igor chegou do Rio Grande do Sul, que eles se conheceram, num clube de laço, em 2007 na cidade de Sidrolândia.

Animais esperavam pelos donos na esquina de cima do salão. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)
Animais esperavam pelos donos na esquina de cima do salão. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)

"Ele quem falou que mesmo a gente casando no Centro, nos conhecemos numa festa de laço e tinha que ter alguma coisa que fosse a nossa cara. Então falou de chegarmos à cavalo no salão", descreve Kamila Rojas, de 27 anos.

Kamila é funcionária pública e Igor, treinador de cavalos e gerente de qualidade dos negócios rurais da família. O casal vive esse ambiente country e decidiu trazer a atmosfera de fazenda para dentro da cerimônia com uma entrada triunfal, que fosse além da Mercedita. A música recebeu os dois ao entrarem no salão, sob aplausos calorosos dos convidados.

As éguas da raça Crioula não tiveram qualquer problema em "desfilar" por um quadra. Já são acostumadas a participar de cavalgadas e para Kamila o mais difícil seria montar de vestido. "Cheguei a fazer um teste com vestido de prenda, aqueles de festa de gaúcho, porque ele ficaria na bunda da égua", conta a noiva. Deu certo, tanto o teste como a prova final.

No salão, o cerimonial convidou os presentes a acompanharem a entrada inusitada pelas imagens. Eram poucos os que sabiam de fato, mas muitos desconfiavam pelo histórico do casal. "A grande maioria já sabia que ia ter alguma coisa diferente, mas ninguém imaginava que eram os cavalos. Eles são o nosso esporte, a nossa paixão, por isso achei importante chegar assim", explica Igor.

O primeiro brinde como casal foi feito em cima do cavalo. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)
O primeiro brinde como casal foi feito em cima do cavalo. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)

A cerimonialista, Ana Paula dos Santos Paes, nunca tinha visto entrada assim, "inusitada". "Foi tudo bem planejado para que eles chegassem e as pessoas conseguissem ver emoção na paixão que eles têm fora do casamento e trouxeram para dentro dele".

Amigos do casal, Janaína e Rafael Santana aguardavam lá fora. Foram os primeiros a se posicionarem por já terem visto as éguas na esquina. "Já imaginávamos porque somos amigos deles há bastante tempo e a vida inteira eles disseram que iam entrar assim, mas ainda é uma surpresa", diziam.

Assim que a transmissão começou, o alvoroço entre os convidados era explícito. "Gente, só vendo para crer" e assim a amiga da família, Alessandra Souto, de 40 anos, deixou o salão para ir até a rua. "Emocionante, a hora que a gente viu no telão, de longe... É lindo e a cara deles", descreveu.

Vindo da Bahia, teve convidado que deixou a comida no prato e a companhia na mesa para fotografar a cena. Vindo especialmente de Salvador para a cerimônia, o arquiteto José Honório Dourado, de 62 anos, era um dos mais surpresos. "Eu nunca vi isso. É inédito! Só acho que entrar até o recinto seria o clímax, mas eles foram impedidos por causa do piso que escorrega", diz.

A impressão que ele leva de Mato Grosso do Sul é essa. "Eu corri pra ver, na Bahia não tem isso não. Eu perguntei para o noivo se ele gostava mais da égua do que da noiva e sabe o que ele disse? Que sim", terminou em risos.

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Cavalgada de uma quadra teve aceno para motoristas e convidados. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)
Cavalgada de uma quadra teve aceno para motoristas e convidados. (Foto: Rokcely Estúdio Fotográfico)
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