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Comportamento

Patinação ocupa ginásio e vira alternativa para quem não suporta musculação

Anny Malagolini | 16/09/2013 06:41
Aulas de patinação até para quem quer começar do "zero" (Foto: João Garrigó)
Aulas de patinação até para quem quer começar do "zero" (Foto: João Garrigó)

Para movimentar o corpo e fugir da rotina das academias, um exercício que lembra brincadeira de criança virou alternativa. Em Campo Grande, mulheres acima dos 40 anos buscaram nas 4 rodas da patinação uma forma diferente de manter a boa forma e conseguiram.

Há quase cinco anos, três vezes por semana, uma das quadras do ginásio Poliesportivo Dom Bosco fica tomada pela diversão da patinação artística, sob orientação do advogado André Valnei da Silva, de 38 anos, que é patinador.

Ele é gaúcho e conta que em Porto Alegre o esporte é popular. Quando veio para Campo Grande, se surpreendeu com a falta de um espaço para o treino e decidiu, por conta própria, alugar uma quadra para patinar sozinho e não perder a técnica. Amigos de amigos foram se aproximando e não demorou muito para surgir um grupo. “Achei estranho não tem nada de patinação aqui, no Rio Grande do Sul é tão comum”, conta ainda espantado.

Rebeca, com 49 anos, arrisca algumas manobras(Foto: João Garrigó)
Rebeca, com 49 anos, arrisca algumas manobras(Foto: João Garrigó)

Hoje, o grupo tem 20 participantes, com alunos a partir dos cinco anos de idade.

Ele comenta que a maioria das alunas chega até as aulas com a ideia fixa de queimar calorias. “Todo quer emagrecer e acabar com a celulite”. Para a alegria de quem também busca melhorar a silhueta, o professor afirma que o esporte é uma das melhores formas de tonificar o corpo, já que ajuda na definição muscular, principalmente das coxas, pernas, glúteos, abdome e costas. Uma hora de patinação chega a queimar 800 calorias.

Na quadra, a diversão é levada a sério e, antes de subir nos patins e dar inicio as acrobacias é preciso fazer um longo exercício aeróbico e fazer uma série de contração muscular, mesmo método utilizado no Pilates.

Nas aulas são ensinadas técnicas artísticas com três elementos: figuras, saltos e giros. As alunas, mesmo aquelas que nunca subiram nos patins, são estimuladas pelas lembranças da infância e só. “Chegam sem nenhuma experiência, realmente começam do zero, mas isso não é problema”, comenta.

Os quase 50 anos e os olhares atravessados dos filhos de 16 e 22 anos não impediram a funcionária pública Rebeca Rodrigues de entrar para a patinação. Há 4 anos treinando, hoje ela é uma das que se destacam.

Ela conta que descobriu as aulas por acaso e movida pela curiosidade foi até a quadra. “Achei lindo, e eu nunca tive oportunidade. Quando eu era criança tinha aqueles patins, Bandeirantes”, comenta.

A boa forma com as aulas de patinação é evidente e hoje a musculação é dispensada. “A idade tem limitação, mas não há nada que eu não possa fazer”.

Outra aluna é professora universitária Geisa Helmond, de 45 anos. Brasiliense, ela conta que já praticou patinação no gelo, mas na Capital, pela falta de pista para a outra modalidade, decidiu encarar a quadra e viu ali um novo esporte. “As pessoas acham graça, mas eu vejo como um esporte”.

Quem quiser começar a treinar, vai pagar a partir de R$ 350,00, custo que pode chegar a 4 mil reais, mas André explica que os modelos mais caros são ideais apenas para competições profissionais.

A mensalidade custa R$130,00 e as aulas tem duração de 1 hora, as segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 19 horas. O treino ocorre no Ginásio do Dom Bosco, na rua 14 de julho, 5.200, no Monte Castelo.

Geisa, de 45 anos, trocou a patinação do gelo pela das quadras (Foto: João Garrigó)
Geisa, de 45 anos, trocou a patinação do gelo pela das quadras (Foto: João Garrigó)
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