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Comportamento

Única vantagem do tempo seco, pôr-do-sol promove espetáculo

Elverson Cardozo | 13/09/2012 17:37
Pôr-do-sol em Água Clara, município que fica a 198 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Minamar Junior)
Pôr-do-sol em Água Clara, município que fica a 198 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Minamar Junior)
Altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
Altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

A chuva não aparece de verdade há mais de dois meses, mas a estiagem que insiste em castigar a cidade garante um espetáculo à parte, talvez o único que compense esse tempo de altas temperaturas e baixa umidade: o pôr-do-sol que, de uns dias para cá, tem se despedido de forma majestosa em todo o Estado.

Em Campo Grande, a passagem da “bola de fogo” entre prédios, postes e árvores é rápida, mas o suficiente para deixar qualquer um encantado pelos efeitos que causa.

Os mesmos raios que atrapalham a visão dos motoristas também percorrem a Capital Morena, emoldurando construções, traçando silhuetas e projetando a sombra do carro, do ônibus, da criança ou da senhora apressada que se protege com o guarda-chuva.

No final da tarde, em meio à névoa seca, o pálido azul do céu ganha um banho de cores, em tons alaranjados, amarelados, avermelhados, ora com finos fios dourados, ora com traços grandiosos, dignos de registros rápidos que, em minutos, ganham destaques nas redes sociais.

Quem trabalha ou costuma caminhar na avenida Afonso Pena tem a satisfação de ver, lá do alto, ele se despedir todos os dias, por cima da cidade. O produtor rural Ernani Neri, de 46 anos, não perde a oportunidade de fotografar. “É a coisa mais linda”, resume.

Essa semana, enquanto passeava nas proximidades do Parque das Nações Indígenas, viu uma “bola vermelha” de quase 1 metro de diâmetro. “Parecia o pôr-do-sol do Japão”, conta, ao revelar que morou do outro lado do continente por 12 anos.

Pôr-do-sol em Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pôr-do-sol em Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A vendedora de água de coco que trabalha em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco diz que prefere a lua, mas admite que o sol dos últimos dias está encantador. “Quando ele vai se escondendo forma tipo um arco-íris”, disse. “O pessoal para e fica olhando”, acrescentou.

Mas a beleza não fica só em Campo Grande. Na cidade de Água Clara, a 198 quilômetros da Capital, o dia também tem se despedido com um show grandioso.

Quando o sol se põe, a única coisa que falta ao pasto, às margens da rodovia, é uma moldura para congelar o momento que parece ter sido pintado à mão.

Na saída do município de Amambai, a cena se repete, mas garante originalidade. O “vermelhão” contrasta com o acinzentado da vegetação, coberta pela poeira. Ele até tenta se esconder atrás das folhas e de finos galhos secos, mas é em vão, o que deixa sua passagem ainda mais marcante.

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