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Consumo

Arte das senhoras, festival tem só pano de prato, com modelos e preços variados

Elverson Cardozo | 02/08/2014 07:23
Panos estão pendurados em varal para exposição na Praça dos Imigrantes. (Foto: Marcelo Calazans)
Panos estão pendurados em varal para exposição na Praça dos Imigrantes. (Foto: Marcelo Calazans)

A Praça dos Imigrantes, na esquinas das ruas 26 de Agosto e Rui Barbosa, no Centro de Campo Grande, sedia, desde ontem (1), a terceira edição do Festival do Pano de Prato. A iniciativa reúne artesãs de várias regiões da cidade que tem a oportunidade de divulgar e vender o que produzem. Os produtos variam de R$ 5 a R$ 35,00.

Os expositores são, em sua totalidade, mulheres, senhoras, geralmente aposentadas. A maioria resolveu pintar e e bordar para não ficar parada em casa. É o caso de Irene Dionízio Araújo, 67.

Cozinheira aposentada, ela resolveu mexer com panos de prato há 3 anos, logo que deixou as panelas. Fez alguns cursos gratuitos, promovidos pela Prefeitura, e hoje se realiza em meio às pinturas, uma mais linda que a outra.

Irene gosta de paisagens e tem como tema principal o Pantanal e suas belezas, como as araras, garças e os tuiuiús, mas também pinta flores, árvores, frutas e legumes. A qualidade do trabalho impressiona e o talento é inegável.

A senhora garante que nunca havia pintado até entrar em um curso de 10 aulas. “Na primeira eu peguei o pano, uma tinta e fui fazendo o Pantanal”, diz. Os panos da artesã são vendidos a, no máximo, R$ 33,00.

Zilá pinta em preto e branco e colorido. (Foto: Marcelo Calazans)
Zilá pinta em preto e branco e colorido. (Foto: Marcelo Calazans)

O preço médio de todos os outros expostos na praça não passa dos R$ 35,00. Zilá Garcia Gualberto, de 72 anos, vender por esse valor, mas tem outros mais baratos. Um preto em branco, com desenho de rosa, custa R$ 25,00. O acabamento é com tecido xadrez e poá. “Esse eu pintei para o Festival. Fiz das 4h às 6h”, conta.

Dona Zilá trabalha com isso há mais de 40 anos. Começou depois de aposentar como professora. “Fiquei esse tempo parada, mas aí queria fazer alguma coisa”, relata. A mulher fez como dona Irene: foi estudar.

A dedicação valeu a pena. Hoje ela tem uma clientela fiel e se realiza desenhando e pintando flores, frutas e paisagens. O acabamento dos produtos dela é feito barrados de crochê que alcançam aproximadamente um palmo.

Zezé trabalha com Patch Apliquê. (Foto: Marcelo Calazans)
Zezé trabalha com Patch Apliquê. (Foto: Marcelo Calazans)

Maria José, mais conhecida como Zezé, prefere os tecidos porque gosta mesmo é do patch apliquê, técnica ornamental utilizada para decorar roupas, toalhas e tecidos. Ela decora os panos com estampas diversas e papel termocolante. O resultado são detalhes e nomes em alto relevo. Um dos acabamentos utilizados é a costura pespontada, com linhas à mostra.

Já a aposentada Fernanda Marx, de 78 anos trabalha com o bordado da vó, também conhecido como bordado livre. Ela desenha araras e outras coisas no próprio tecido do pano. O acabamento é impecável, sem o qualquer amaranhado de linhas na parte de trás.

O festival reúne outros estilos e pode ser visitado até o final da tarde deste sábado, das 8h às 12h. A iniciativa é da Prefeitura, por meio da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).

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