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Consumo

De vestido branco e véu, noiva se casa na cafeteria onde tudo começou

Paula Maciulevicius | 14/01/2015 06:21
A vontade de se casar em uma cerimônia mais intimista levou noiva a escolher o Firulas Café. (Foto: Everson Cabral)
A vontade de se casar em uma cerimônia mais intimista levou noiva a escolher o Firulas Café. (Foto: Everson Cabral)

Tapete vermelho, altar, flores na entrada e convidados aguardando a chegada da noiva. Depois de dois meses de planejamento, a advogada Evelyn Vieira Ramos, agora Barros, de 32 anos, entrou de vestido branco e buquê amarelo para dizer "sim" na cafeteria onde tudo começou. A vontade de se casar em uma cerimônia mais intimista a levou a escolher o Firulas Café, onde desde o primeiro encontro, o noivo João Barros já anunciou que se casaria com ela.

"Eu nunca mais vou olhar este lugar da mesma forma, ali estavam as mesas, o altar", descreve. Nesta semana, o Lado B voltou com ela ao lugar do grande dia para que Evelyn contasse sua história. "A primeira vez que saímos juntos para conversar foi aqui. Ele queria participar da minha célula e antes ambientá-lo, a gente veio conversar. No final da conversa, ele me disse 'eu vou me casar com você. Eu falei: mas como assim?' Fiquei tão nervosa que não soube o que dizer", recorda.

E maio de 2013 eles se conheceram na Igreja Batista, religiosos, o casal orou durante um período até ter a confirmação de que deveriam tocar em frente. "Cada um orou para saber se era mesmo ele quem havia sido escolhido e Deus confirmou", explica Evelyn.

Evelyn entrou pelo tapete vermelho, com o pai. (Foto: Everson Cabral)
Evelyn entrou pelo tapete vermelho, com o pai. (Foto: Everson Cabral)

Depois de começarem a namorar, o primeiro 12 de junho também foi comemorado na cafeteria e quando os planos de trocarem as alianças passou a ter data, foi o Firulas escolhido como cenário. "A gente queria casar numa cerimônia intimista. Meu sonho era de me casar na igreja, mas a minha cabe até 800 pessoas, eu achava que um lugar pequeno dava um toque especial", diz Evelyn.

Acompanhando blogs de noiva, a advogada leu que estava na moda dizer o "sim" no local que tivesse relação com a história dos noivos. Na hora ela abriu a página da cafeteria na internet e os olhos brilharam. Apesar de frequentar várias vezes, foi olhando no celular que ela escolheu o lugar da cerimônia.

"Eu pensei, mas será que dá? Abri meu celular e nossa. No outro dia, eu acordei com a cabeça fervendo de ideias, esse lugar é lindo. Vai ser lá mesmo", lembra.

A surpresa de Evelyn foi a resposta imediata da cafeteria, de que inclusive já tinham realizado um casamento lá. Com o número máximo de convidados que o Firulas poderia receber, Evelyn começou os preparativos. "A gente conseguiu dar mais qualidade para o evento que contou só com quem participou da nossa história". 

Foram 55 testemunhas do "sim" de Evelyn e João em julho do ano passado. O receio de que estivesse frio no dia e atrapalhasse, toda cerimônia foi realizada dentro do salão. "Foi muito lindo e tudo 100% a gente", descreve.

Nas fotografias, o contraste nos leva a uma outra história. Ela, loira, ele, de nacionalidade angolana, mas foi criado nos Estados Unidos. Há mais de 10 anos no Brasil, João dá aulas de Inglês. 

Cafeteria foi onde tudo começou. (Foto: Everson Cabral)
Cafeteria foi onde tudo começou. (Foto: Everson Cabral)
Na decoração, as iniciais do casal. (Foto: Everson Cabral)
Na decoração, as iniciais do casal. (Foto: Everson Cabral)
Cerimônia teve 55 convidados. (Foto: Everson Cabral)
Cerimônia teve 55 convidados. (Foto: Everson Cabral)

Na entrada, para deixar o salão com um toque de "casamento", a decoradora Cintia Peters usou buquês no teto, brincando com os tamanhos e a distância entre cada um deles. "Aqui o lugar já é decorado, trabalhamos nas cores branca e amarela", descreve a noiva.

No balcão da cafeteria ficou o bolo com os bonequinhos exatamente como os noivos. Ele com uma bandeira do país onde foi criado e ela com um Vade Mecum ao lado. O altar ficou próximo à parede e poucas mesas recuaram mais para a direita dando lugar ao tapete vermelho de entrada.

"Quando eu pisei, me senti uma rainha. Imagina?", revive Evelyn. O enteado pequeno foi quem entrou de pajem anunciando a chegada dela com a plaquinha "lá vem a noiva" e depois foi ele quem também entregou as alianças.

A entrada dos padrinhos não foi estruturada como para uma igreja e outro porém foi a pontualidade da noiva. "Começou às 19h e até coloquei no convite, porque eu queria me casar pontualmente. Não gosto quando a noiva atrasa muito e aqui tinha horário para acabar", explica.

Quem conhece a cafeteria sabe da disposição dos sofás logo na entrada, à esquerda. Ali foi colocada a mesa para a noiva e os pais com as fotografias do casamento civil como decoração.

Depois de 40 minutos de cerimônia, Evelyn agradeceu a presença dos convidados, tirou as fotos com os padrinhos na frente do estabelecimento, que tem um jardim e uma iluminação de encantar e jogou o buquê.

No jantar, foram servidas duas opções de filé mignon e peixe e de lembrancinha, um mimo assado quase que na hora. "Suspiros não faltaram em nosso casamento, agradecemos a sua presença", dizia a mensagem. Nos cálculos da noiva, entre a papelada do cartório, os detalhes da cerimônia, com buffet que não serviu nem bebida alcóolica e refrigerante, o valor gasto foi uma média de R$ 200 por convidado.

Balcão deu lugar à mesa do bolo. (Foto: Everson Cabral)
Balcão deu lugar à mesa do bolo. (Foto: Everson Cabral)
Na entrada da cafeteria, noiva jogou buquê. (Foto: Everson Cabral)
Na entrada da cafeteria, noiva jogou buquê. (Foto: Everson Cabral)
De lembrancinha, suspiros assados pouco antes do casamento. (Foto: Everson Cabral)
De lembrancinha, suspiros assados pouco antes do casamento. (Foto: Everson Cabral)

No lugar onde disse o "sim", Evelyn já tinha imaginado aquele momento um ano antes. Durante as saídas como namorados, João a dizia cada passo que eles iriam percorrer. "Ele falava a gente vai se casar, ter filhos e eu na minha imaginação, ficava vendo um gibi, sabe? Ele me falou desde sempre que sabia o que queria, onde estava e onde queria chegar. Ali eu me derreti e ele me ganhou", narra.

Dos seis meses de casamento, além da saudade que ela tem do dia, o aprendizado da convivência diária a deixa ainda mais apaixonada. "Eu aprendi muita coisa, uma delas foi que a pessoas ideal tem qualidade que a gente precisa e defeitos que a gente possa suportar". 

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