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Política

Deputados apoiam ato contra Dilma, mas não vão comparecer ao evento

Leonardo Rocha | 12/03/2015 13:49
Eduardo Rocha ressaltou que povo não aguenta mais pagar as contas, e que manifestação é legítima (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Eduardo Rocha ressaltou que povo não aguenta mais pagar as contas, e que manifestação é legítima (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Rinaldo Modesto lembrou que presidente não cumpriu promessas e que população deve cobrar, mas de forma pacífica (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Rinaldo Modesto lembrou que presidente não cumpriu promessas e que população deve cobrar, mas de forma pacífica (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Os deputados estaduais ouvidos pelo Campo Grande News apoiam a manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que vai acontecer no próximo domingo (15), em Campo Grande, mas não vão comparecer ao evento. Eles alegaram outros compromissos parlamentares, assim como receio de como a classe política seria recebida nesta ato.

“Não vou participar, mas acho legítimo a manifestação, espero apenas que seja pacífico, pois um erro não justifica outro”, disse o deputado Rinaldo Modesto (PSDB). Ele ponderou que estas cobranças têm efeito “pedagógico” na sociedade. “A população mostra que não aceita mais promessas durante a campanha, que depois não são cumpridas”, disse o tucano.

Já Márcio Fernandes (PT do B) lembrou que vários programas da atual presidente, foram modificados na prática, e por esta razão a população “acordou” sobre a situação. “Não irei participar, pois tenho agenda em Camapuã, mas apoio plenamente, não dá para construir uma administração com mentiras”, disse ele.

Para Marquinhos Trad (PMDB), vários pontos ditos durante a campanha, foram modificados, gerando aumento de impostos, e cobranças de energia e combustível. “Pelo que foi oferecido (campanha), eu sabia que ela não poderia cumprir, e agora está pagando o preço”. O deputado resolveu não participar (ato), com receio de sofrer represária por fazer parte da classe política. “Muitas pessoas não entendem e acabam generalizando, por isso prefiro evitar”.

Paulo Corrêa (PR) citou que estas reclamações e reivindicações devem ser usadas pelo governo, para melhorar a administração “Vivemos em um tempo delicado, as pessoas devem apontar o que está errado e se manifestar, algo legítimo”.

Eduardo Rocha (PMDB) explicou que esta manifestação é um ato de protesto, contra o aumento de impostos e custos, que interferem no dia a dia da população. “A população não aguenta mais, não está conseguindo pagar as contas”.

Impeachment – A maioria dos deputados afirmaram que apesar do protesto pedir a saída da presidente, uma ação neste sentido, no Congresso Nacional, só seria realizada se houvesse uma base legal, com a comprovação de crime por parte da chefe do executivo federal, o que até o momento não existe.

“Precisa de um objeto, base legal, não apenas uma vontade popular”, disse o deputado Marquinhos Trad (PMDB). Mesma posição de Eduardo Rocha, que disse que para uma ação desta precisaria de comprovação de crime da presidente, com participação em esquema de corrupção.

Rinaldo Modesto (PSDB) revelou que não é favorável a esta alternativa, e sim a uma reparação de ações por parte do governo. “A melhor alternativa seria um pacto entre os partidos, para poder melhorar a situação do país”, avaliou Paulo Corrêa (PR).

Golpe - Já os deputados petistas apoiam a manifestação, lembrando que todas as conquistas da sociedade foram através da liberdade de expressão, mas são contra qualquer pedido de impeachment, pois segundo eles, seria uma forma de “retirar” da presidência, alguém que foi eleita pelo povo. “Seria um golpe, um ato contra a democracia, que sempre vou defender”, diz Amarildo Cruz (PT).

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