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Política

A falta do WhatsApp atrapalha até vereador a despachar

Antonio Marques | 02/05/2016 20:09
O vereador Carlão disse que o aplicativo Whats App já faz parte do dia a dia de trabalho (Foto: Divulgação Câmara)
O vereador Carlão disse que o aplicativo Whats App já faz parte do dia a dia de trabalho (Foto: Divulgação Câmara)

Em menos de cinco horas sem funcionar, o aplicativo de comunicação mais utilizado entre os brasileiros vem causando prejuízos incalculáveis, tanto financeiro quanto nas relações entre seus usuários. A falta do serviço tem provocado transtornos até aos políticos da Capital. Tem vereador que despacha e aprova requerimento pelo WhatsApp, que passou a ser ferramenta de trabalho no dia a dia.

Para o secretário geral da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), a falta do aplicativo na tarde desta segunda-feira o deixou meio perdido, pois ele utiliza o WhatsApp diariamente como ferramenta de trabalho. “Minha assessoria envia cópias de requerimentos e indicações pelo aplicativo e em muitos casos já leio e respondo. Muitas vezes já dou retorno aprovando”, conta ele, acrescentando que chega a pedir ao seu gabinete cerca de 40 indicações por dia, quando está realizando visita nos bairros.

Carlão revelou ainda que quando está nos bairros tem o hábito de resolver problemas dos moradores pelo WhatsApp. Ele explica que são casos de pessoas com pendências com a empresa de energia elétrica ou de água e até precisando de serviço do município. “Ali na frente da pessoa já tiro uma fotografia da conta, envio às pessoas de contato nas concessionárias de água e energia e já resolvemos na hora. Isso facilita muita a nossa vida.”

Além do uso no trabalho, Carlão também comenta que participa de nove grupos de debates por meio do aplicativo, envolvendo os colegas da Câmara, amigos e a família. “Na agenda do meu celular tem aproximadamente quatro mil pessoas e pelo menos a metade tem acessso ao WhatsApp”, revelou. Ele lembra que o aplicativo é uma comunicação rápida e de baixo custo.

Outro parlamentar que também teve a rotina quebrada com a paralisação do serviço do aplicativo é Lívio Leite, presidente municipal do PSDB. Além de vereador, ele também é médico oftalmologista e admite que a ferramenta faz muita falta. “É o meio de comunicação mais usado hoje no Brasil por sua praticidade”, afirma ele, que atende mais as mensagens do WhatsApp que as ligações convencionais no celular.

Lívio Leite disse que usa o aplicativo até para fazer consulta médica. Segundo ele, muitos colegas acabam consultando dúvidas sobre determinados problemas da sua especialidade e enviam fotografias e laudos pelo aplicativo, o que facilita muito a resposta. “É uma ferramenta de trabalho impressionante”, garante.

São tantos os grupos que integra que o vereador nem sabe o total, mas lembra que são vários, na Câmara, no partido, na família e entre os profissionais da medicina. “Tenho de admitir que o aplicativo faz falta.”

O vereador Eduardo Romero (Rede) também sentiu o bloqueio do WhatsApp nessa tarde. Para ele, são poucas as pessoas que fazem ligações, “maior parte passou a enviar mensagens escritas ou faladas pelo aplicativo”, observou.

Ele considera que o sucesso da ferramenta se deve, além da praticidade que oferece, ao baixo custo pela comunicação. Romero destaca que a participação em grupos de debates facilita a mobilização e a troca de informações entre pessoas que estão em outros estados e até fora do País.

O vereador comentou que na tarde de hoje recebeu mais ligações no celular que o habitual, devido à suspensão do aplicativo. Quando ficamos sem o serviço percebemos o quanto somos dependente da tecnologia. “Espero que não se prorrogue muito esse prazo do bloqueio”, ressaltou ele.

Os vereadores admitiram também que o aplicativo uniu mais as famílias, que passaram a ter seus grupos por afinidades. Muitos membros residem distantes, "mas sempre tem um que lembra de dar um bom dia ou enviar uma mensagem de carinho", destacou um dos parlamentares.

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