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Política

Advogada vê execração irresponsável e diz que faltam indícios de culpa

Edivaldo Bitencourt e Michel Faustino | 17/11/2015 14:27
Luciana Abou Ghattas chega para acompanhar depoimento de cliente ao MPE (Foto: Gerson Walber)
Luciana Abou Ghattas chega para acompanhar depoimento de cliente ao MPE (Foto: Gerson Walber)

A advogada Luciana Abou Ghattas, que defende o ex-presidente da Agesul, Wilson Tavares, criticou a condução do processo de investigação sobre o desvio de recursos em obras de rodovias estaduais. “É execração irresponsável de culpa o que vem acontecendo com todos os acusados”, afirmou ao chegar ao MPE (Ministério Público Estadual) para acompanhar um dos 10 depoimentos sobre o suposto desvio de R$ 2,6 milhões na recuperação da MS-171, em Aquidauana.

De acordo com Luciana, Tavares “é inocente”. Ela destacou que foram apresentadas todas as provas que comprovam sua inocência. “Ele não tem nada a esconder”, destacou. Este é o segundo depoimento prestado à Força Tarefa do MPE que apura as denúncias apontadas na Operação Lama Asfáltica.

Outro ponto criticado pela defesa é o espetáculo criado em torno do caso, como a decretação da prisão temporária dos envolvidos. “É execração irresponsável de culpa que vem acontecendo com todos os acusados”, afirmou. E completou: “depois que for provado a inocência, quem irá arcar com os danos morais e materiais daquele que, antecipadamente, foi julgado culpado”, alertou.

“Ninguém pode ser considerado culpado antes do final de um processo”, destacou Luciana. Ela avalia que o MPE só pediu a prisão dos envolvidos porque “não tinha indícios de culpa”. “Todos nós somos inocentes até que se prove o contrário”, frisou.

Luciana Abou Ghattas voltou a frisar que os investigados estão a disposição do MPE. “O que está ocorrendo é investigação, não há condenação e só há indícios que compõem a investigação”, disse.

O advogado Valeriano Fontoura, da defesa do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e da ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova, seguiu na mesma linha. “Não há provas suficientes que comprovam a participação do Giroto e da Wilma no esquema investigado”, garantiu.

“A investigação é frágil”, classificou, considerando-se que o caso surgiu a partir de auditoria realizada pela Secretaria Estadual de Infraetrutura. Os desvios em três rodovias estaduais (228, 171 e 184) somariam R$ 11,8 milhões. “Foi feita por um fiscal em cima da caminhonete”, cutucou.

O MPE ouve, na tarde de hoje, todos os envolvidos no suposto desvio de R$ 2,6 milhões da MS-171. Alguns investigados chegaram com quase uma hora de antecedência para evitar a imprensa . O empresário João Amorim, dono da Proteco, ainda não chegou para depor, mas também será ouvido nesta tarde.

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