Antonieta tem convite formal de Moka para suplência
A primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Trad, é desde o início de março, logo após as prévias que elegeu Waldemir Moka candidato a senador pelo PMDB, convidada oficial para ocupar a primeira-suplência do Senado pelo partido.
A homologação da candidatura depende da convenção, em junho. O convite feito ontem por Murilo Zaiuth (DEM) veio tarde. O vice-governador, na verdade, busca uma saída honrosa para desistir, formalmente, de sua candidatura.
Ontem, durante reunião com André Puccinelli, Murilo voltou a falar em continuar como vice, ocupando o lugar que o governador já reservou para a ex-prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet. André foi determinado: A vaga não era mais negociável, já tem dona.
Murilo tentou ainda um terceiro caminho. Sairia candidato a deputado federal. Mas encontrou resistência no seu próprio partido. O deputado José Teixeira, único representante do DEM na Assembléia, disse que não teria como apoiá-lo, já que sua base eleitoral está comprometida com a candidatura do tucano Reinaldo Azambuja.
Sem alternativa, Teixeira e Murilo afinam o discurso no sentido de que o vice-governador esta sendo vitima e que o PMDB e principalmente o governador André Puccinelli "sacrificam" Dourados deixando a cidade, segunda maior do Estado, sem representante na chapa majoritária governista.
Murilo ainda não diz, abertamente, que desistiu da candidatura ao Senado. Insiste com o governador para ter um suplente que seja a "cara" de André Puccinelli. Em última hipótese negocia uma recompensa pelo "sacrifício" de ficar fora da próxima campanha eleitoral, como candidato.
O PMDB está empolgado com Antonieta. No partido ela já é a suplente de Moka. Seu papel na coordenação da campanha vitoriosa do deputado, nas prévias para o Senado, foi considerado "extraordinário", de grande "competência", como definiu um assessor do governador.
Não é só o candidato, Moka, que quer Antonieta como suplente na chapa do PMDB. Ela tem as benções do marido, o prefeito Nelsinho Trad, o aval do governador André Puccinelli e apoio de peças fundamentais da estrutura do governo, como o secretário Osmar Jerônimo, da Casa Civil.