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Política

Candidatura de Azambuja ainda provoca mal-estar entre PMDB e PSDB

Wendell Reis | 18/04/2012 12:21

Visita de Aécio Neves é entendida como fim da harmonia entre os partidos

Jerson Domingos acredita que visita de Aécio Neves vai garantir dois palaques a Dilma em 2014
Jerson Domingos acredita que visita de Aécio Neves vai garantir dois palaques a Dilma em 2014

A pré-candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) a Prefeitura de Campo Grande ainda provoca conflito na relação entre o PMDB e o PSDB. A possibilidade de Reinaldo e o PSDB, aliados históricos do PMDB, enfrentarem o deputado federal Edson Giroto (PMDB) fez ressurgir uma possibilidade que já ronda a Assembleia Legislativa desde que Rinaldo Modesto (PSDB) deixou de ser suplente para assumir a vaga: a possibilidade de Carlos Marun (PMDB) retornar.Desta vez, o retorno seria em retaliação a candidatura de Reinaldo.

O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), não acredita que o governador André Puccinelli (PMDB) venha a chegar a este ponto. “Não é por ai”, declarou o deputado, ressaltando que Marun tem desempenhado um grande trabalho no comando da secretaria de Habitação do Estado.

Jerson lamenta a candidatura de Azambuja e acredita que a visita do senador Aécio Neves (PSDB), marcada para esta quinta-feira (19), em apoio a Azambuja, significará a interrupção da continuidade da histórica cumplicidade entre PMDB e PSDB em Mato Grosso do Sul. Assim, analisa que o fato contribuirá para que a presidente Dilma Rousseff (PT) tenha dois palanques na eleição em 2014, mesmo que o PMDB enfrente o PT no Estado.

Deputados do PSDB não falam em rompimento - Os representantes do PSDB na Assembleia não pensam como Jerson, avaliando que a disputa é municipal. O deputado Onevan de Matos (PSDB) acredita que o governador não pedirá para Marun retornar a Assembleia e também analisa que não deve confundir as coisas. O deputado lembra que o partido tem direito de buscar espaço e que isso é normal na democracia. Para justificar a confiança de que o governador não terá tal atitude, Onevan lembra que a base de sustentação de Puccinelli está na Assembleia. “Ele precisa é daqui de dentro”.

O deputado Márcio Monteiro, vice-presidente estadual do PSDB, também ignora a possibilidade de Marun voltar, por não crer na disposição do governador em incentivar tal fato. “A eleição é municipal e não estadual”, lembrou.

Apesar de ressaltar que não trabalha com conjunturas, o deputado admite que um pedido para que Marun volte pode ser entendido como retaliação. Desta maneira, entende que o PSDB precisará repensar. “Se disser: Estou tirando por conta disso... Nos tira desta situação. Mas, não creio nisso. Não existe razão para isso”.

A deputada Dione Hashioka nem pensa na possibilidade de sair da base e entende que a visita de Aécio deve ser vista com bons olhos e não em forma de agressividade.

Ao ser indagado sobre uma mudança no comportamento do PSDB em retaliação a volta de Marun, o deputado Jerson Domingos declarou que não espera que as disputas municipais venham a comprometer a relação dos deputados na Assembleia. Ele ressalta que os deputados não estão ligados a compromissos com o governador ou com partido, mas com a sociedade. “O deputado não legisla para o Governo ou para partido, mas para a população”.

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