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Política

Delcídio reclama de Amarildo e promete silêncio

Redação | 23/06/2009 17:29

O senador Delcídio do Amaral se irritou hoje com as declarações do presidente regional do PT, Amarildo Cruz, e do deputado Pedro Kemp, na tribuna da Assembléia Legislativa.

Os dois reafirmaram a posição do partido em lançar candidatura própria no ano que vem, sem nenhuma possibilidade de acordo com os peemedebistas, em um recado claro e crítico ao posicionamento do senador, que aguarda sinalização nacional sobre a possibilidade de aliança com o PMDB.

Em coletiva à imprensa, hoje à tarde, no aeroporto de Corumbá, Delcídio deixou claro que sua relação está estremecida com Amarildo, a quem sempre apoiou politicamente e lutava pela reeleição como presidente do diretório estadual.

"Lamento a declaração dos dois deputados do PT, sendo um deles o presidente do partido, uma pessoa que eu apóio e sempre apoiei nos bons e maus momentos. Eles nem sequer telefonaram para mim para saber exatamente como eu coloquei essa questão, que foi distorcida", disparou Delcídio, sobre as declarações que teria dado na última sexta-feira, sobre a possibilidade de aliança com o PMDB de André Puccinelli.

O senador reclama estar sofrendo desgaste político devido seu apoio irrestrito a Amarildo e que agora, o dirigente petista não lhe telefonou, ao menos, para se certificar sobre seu posicionamento.

"Não falei nenhuma barbaridade e não me antecipei a nada, e o presidente do partido, que é uma pessoa que apóio, e tenho tido até alguns desgastes com o apoio que dou, sequer me telefona para saber o sentido da minha entrevista. Então não falo mais sobre essa questão", esclareceu o senador, segundo informa o site Capital do Pantanal.

Com as distorções, que teriam sido feitas a partir de suas declarações, Delcídio também reafirmou seu silêncio, até fevereiro de 2010.

"Não falo mais de aliança até fevereiro de 2010. Vou ficar absolutamente calado, não vou emitir nenhuma opinião a respeito disso. Vou trabalhar duro e eu sei fazer as coisas quieto", declarou o senador.

Delcídio disse ser uma pessoa disciplinada. "Não sou desobediente, sou disciplinado até por orientação do partido. De forma nenhuma vou desobedecer uma ordem do partido. O presidente do PT não merece esse compromisso, cordialidade e atenção que sempre tive com ele. Daqui para frente vou trabalhar, não vou conversar mais sobre aliança", disparou.

Antes de assumir o silência, o senador deixou no ar: "Tem muita gente que vai ficar surpresa com os desdobramentos dos acontecimentos nas próximas semanas".

Amarildo Cruz ficou surpreso com as declarações de Delcídio e negou, ao Campo Grande News, ter feito qualquer tipo de crítica a Delcídio.

"Se ele falou tudo isso sobre mim, é porque passaram alguma coisa errada para ele. A única coisa que reafirmei é a posição do partido, de ter candidatura própria e disse que existe uma resolução sobre isso. Foi um mal entendido", defendeu-se Amarildo.

O dirigente petista garantiu que não vai telefonar para Delcídio para desfazer o mal entendido, e que conversarão em momento oportuno.

"Não vou ligar, o Delcídio é meu amigo e numa hora que a gente tiver tranquilo, a gente vai conversar. Ele tem toda a confiança em mim e isso não é um fato relevante na nossa relação política. Tem outras coisas muito mais importantes a se falar", concluiu.

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