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Política

Desembargador que afastou Olarte tem 60 anos e está há 11 meses no Tribunal

Antônio Marques | 26/08/2015 10:18
Bonassini ingressou na Magistratura como juiz substituto em 1988, depois de aprovado concurso.(Foto: Divulgação TRE/MS)
Bonassini ingressou na Magistratura como juiz substituto em 1988, depois de aprovado concurso.(Foto: Divulgação TRE/MS)

O homem que pediu o afastamento do prefeito Gilmar Olarte (PP) e do presidente da Câmara Municipal Mario Cesar (PMDB) é um dos mais recentes desembargadores do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), tendo assumido o cargo de setembro de 2014. Luiz Claudio Bonassini da Silva completou 60 anos no mês passado e é natural de Arvorezinha, no Rio Grande do Sul. Ele ingressou na Magistratura como juiz substituto em 1988, depois de aprovado em concurso. Ele justificou a decisão como sendo o momento de o Poder Judiciário fazer a sua parte para "estancar o quadro de impunidade e inoperância", que estimula a corrupção.

Como integrante da Terceira Câmara Criminal do TJ/MS, o desembargador Bonassini foi o relator do processo que tornou o ex-prefeito Gilmar Olarte (PP) réu por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na decisão de hoje, ele determinou a suspensão do exercício da função pública do prefeito e do presidente da Câmara Municipal “até o final das investigações a serem realizadas ou até o surgimento de circunstância relevante que determine qualquer alteração”.

Depois de entrar para a Magistratura, Bonassini foi promovido ao cargo de juiz de Direito de Primeira Entrância da Comarca de Mundo Novo, em junho de 1988. No ano seguinte já teve nova promoção, dessa vez a juiz de Direito de Segunda Entrância, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Corumbá e em 1995, removido, a pedido, para a 2ª Vara Cível da Comarca de Corumbá.

Na decisão de hoje, Bonassini destacou que “o dicionário do cidadão, dos agentes políticos em especial, deveria iniciar por uma palavra mágica: ÉTICA. Dela decorre a observância de todos aqueles princípios consagrados pela Constituição, como o da moralidade e da impessoalidade. Ao que tudo indica, não é o que vem ocorrendo com grande parte dos agentes políticos, tantos são os exemplos de desmandos, desvios de conduta, prática de atos de corrupção em todos os níveis.”

Cerca de três anos depois de estar em Corumbá, ele foi promovido a juiz de Direito de Entrância Especial para atuar na 3ª Vara de Família e Sucessões de Campo Grande. Em abril de 2010, por remoção, tornou-se titular da 3ª Vara do Juizado Especial Central da Capital. Em 24 de setembro do ano passado, o juiz Luiz Claudio Bonassini da Silva chegou tornou-se desembargador e passou a integrar o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O desembargador ainda descreveu nos autos justificando sua determinação. “É o momento de o Poder Judiciário fazer a sua parte, contribuindo, dentro do que permite o sistema legal vigente, para estancar o quadro de impunidade e inoperância, que fomenta e estimula a corrupção”, reiterou.

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