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Política

Espera para forças de segurança chegarem na fronteira pode durar 1 ano

Mayara Bueno | 19/01/2017 12:09
Governadora em exercício Rose Modesto, com o chefe do Executivo Estadual Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB. (Foto: Marcos Ermínio)
Governadora em exercício Rose Modesto, com o chefe do Executivo Estadual Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB. (Foto: Marcos Ermínio)

Poder demorar um ano para que as forças de segurança cheguem nas regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul, prevê a governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), que se reuniu ontem com o presidente da República, Michel Temer (PMDB),  junto de governadores da região Norte e também do vizinho Mato Grosso, em Brasília.

Ficou pactuado que, em até um ano, 21 mil homens, seja por meio da Força Nacional ou Forças Armadas, estejam nas regiões de fronteira do País, além de outros municípios,  de forma permanente, de acordo com Rose. A expectativa é que os governos estaduais forneçam, como contrapartida, sete mil policiais, que serão bancados por meio de recursos federais.

Tanto o número de homens necessários para dar mais segurança às cidades que fazem fronteiras com Paraguai e Bolívia, em MS, serão levantados pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa. 

Um sistema de monitoramento na fronteira também está sendo construído, segundo eles. Segundo Barbosinha, a ideia vai integrar todas áreas de inteligência estadual e federal. "É uma integração. Estamos na verdade em processo em construção".

Conforme o titular, não existe uma previsão de quando de fato o pacto a ajuda federal seja consolidada. “Não tem essa previsão, o que existe é o governo enxergar e fazer isso acontecer. A questão das forças armadas é um processo que eles vão ter se organizar ainda internamente”.

Ontem, ainda de acordo com Rose, foi assinado um pacto pela segurança com os oito governadores que se reuniram com Temer. Dentre os pontos, acordo para que sejam diminuídos casos de homicídios dolosos, feminicídios, além de reestruturar o sistema penitenciário.

Em relação à presença de homens do Exército nos presídios, tanto o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), e governadora em exercício, afirmaram que, por enquanto, Mato Grosso do Sul não necessita da ajuda. “Havendo necessidade, o governo vai pedir e a União estará à disposição”, disse Rose.

Mas, segundo Reinaldo as forças policiais do Estado fazem vistorias “sistemáticas”, mas a Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) fará análise da situação dos presídios. “Se entendermos que é necessário, nós pediremos”.

Por ser área de fronteira e passagem de drogas e armas para o Sudeste, Mato Grosso do Sul é visto com prioridade pelo Ministério da Justiça e Cidadania, depois da explosão da guerra entre facções que culminou em rebeliões em presídios, com um total de mais de 130 mortos em cinco estados: Amazonas, Roraima, Paraná, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, além de fugas e feridos. Mato Grosso do Sul tem quatro vítimas fatais em seus presídios até aqui no ano.

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