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Política

Julgamento de vereadores sobre quebra de decoro só sai em 2016

Antonio Marques e Leonardo Rocha | 11/11/2015 12:15
Em reunião da Comissão de Ética realizada nessa manhã, os membros deliberam que cada investigado deve definir apenas três testemunhas de defesa (Foto: Arquivo/Antonio Marques)
Em reunião da Comissão de Ética realizada nessa manhã, os membros deliberam que cada investigado deve definir apenas três testemunhas de defesa (Foto: Arquivo/Antonio Marques)

Os nove vereadores investigados pela Comissão de Ética, criada pela Câmara Municipal de Campo Grande, por quebra de decoro, em decorrência de terem suas condutas questionadas pelo inquérito da operação Coffee Break, só devem ser julgados lá por meados do ano que vem.

Após reunião realizada na manhã de hoje, 11, o presidente da Comissão, vereador João Rocha (PSDB) disse que os nove investigados apresentaram uma longa lista de testemunhas de defesa, cerca de oito a nove por vereador, o que daria entre 70 a 80 pessoas a serem ouvidas pelos cinco membros da Comissão.

Diante disso, João Rocha informou que ficou deliberado na Comissão que cada vereador deve definir apenas três testemunhas. Ainda assim, serão quase 30 pessoas a serem ouvidas nas oitivas a serem realizadas pela Comissão.

Como os trabalhos da Comissão estão na fase de instrução, sem prazo para conclusão, essas oitivas devem acontecer às quartas-feiras, o que daria, no mínimo, mais seis meses de trabalho, que seria reduzido caso ocorra mais de um depoimento por semana.

O presidente lembrou ainda que também está aguardando a resposta do MPE (Ministério Público Estadual) sobre o pedido de compartilhamento das informações obtidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nos novos depoimentos dos vereadores e nas perícias dos celulares dos investigados.

Os nove vereadores que estarão sendo investigados por quebra do decoro parlamentar são os mesmos que na Operação Coffee Break, no último dia 25 de agosto, foram conduzidos coercitivamente ao Gaeco para prestar depoimento na investigação sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). A apuração do Gaeco é para verificar se os vereadores receberam dinheiro ou vantagens para cassar Bernal.

Os vereadores alvos da Operação Coffee Break foram Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP); Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB); Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salem (PR).

Luiza Ribeiro – Questionado, João Rocha informou que ainda não chegou ao conhecimento da Comissão qualquer representação dos representantes dos nove partidos da Casa contra a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) em razão do depoimento dela à Força Tarefa da operação Lama Asfáltica, que foi vazado à imprensa no mês passado.

Dentre as declarações aos promotores, a parlamentar disse que os colegas recebiam “mensalinho” do poder Executivo no governo de Nelson Trad Filho, pois não havia provas sobre os fatos apresentados.

Ontem, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), disse que protocolou na presidência da Câmara representação, assinada por nove parlamentares de diferentes partidos, pedindo providências da Comissão de Ética em relação a quebra de decoro de Luiza que, segundo ele, teria manchada a imagem da instituição e os próprios vereadores.

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