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Política

Justiça condena vereador que destruiu provas de crime

Redação | 18/03/2008 13:43

A Justiça condenou no último dia 7 o secretário municipal de Administração e Finanças e vereador de Bataguassu, cidade que fica a 340 quilômetros de Campo Grande, José Marcílio Araújo Barreto.

O juiz Alessandro Leite Pereira o condenou a quatro anos de reclusão em regime aberto e ao pagamento de 175 dias de multa pelo crime de supressão de documento público. A pena poderá ser substituída pelo pagamento de 70 salários mínimos a instituições carentes.

Por ter destruído provas que o incriminavam por ter desviado dinheiro público, José Marcílio perdeu o cargo de vereador e de secretário. Ele também não pode concorrer a nenhum cargo público nas próximas eleições nem exercer função pública. Ele pode recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Na decisão, o juiz da 2º Vara concluiu ter ficado demonstrado que a intenção de José Marcilio era destruir provas do desvio de dinheiro público.

As investigações que levaram a condenação de José Maurílio começaram em 2006 após denúncia do ex-secretário municipal de obras da cidade, Nilson Cavalcante. Ele contou ao MPE (Ministério Público Estadual) vários casos de corrupção, entre eles o esquema de desvio de combustível através da emissão de requisições para particulares.

Disse ainda que as provas deste esquema, os talões, estavam guardados nas secretarias municipais, inclusive na gerenciada por ele. O MPE apreendeu vários talões, mas parte não foi encontrada. Esses talões tinham sido recolhidos a mando de José Marcílio e incinerados, o que gerou inquérito pelo crime de supressão de documento público.

As provas destruídas incriminavam ainda o Prefeito João Carlos Aquino Leme e o próprio denunciante Nilson Cavalcante, investigados pelo Ministério Público. As denúncias renderam também quatro ações de improbidade administrativa que tramitam na Justiça.

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